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Atriz

Bete Mendes se entusiasma com reprise de ‘Flor do Caribe’

No ar como a religiosa Olívia, na trama que foi exibida originalmente em 2013, ela comenta o trabalho

Por TV Press

14 de fevereiro de 2021, às 09h29

Bete Mendes é daquelas atrizes que o telespectador se acostumou a ver sempre no ar. Profissional e extremamente disciplinada, ela credita sua boa frequência na tevê ao fato de nunca dizer “não” aos convites que recebe. “Todos os personagens valem a pena. Mas cabe ao ator buscar o melhor de cada tipo e transformar o trabalho em prazer”, destaca.

No ar como a religiosa Olívia de “Flor do Caribe”, novela exibida originalmente em 2013 e atual reprise da faixa das seis, Bete se empolga ao rever seu reencontro com o autor Walther Negrão e o diretor Jayme Monjardim, com quem havia trabalhado antes em “A Casa das Sete Mulheres”.

“Eu nem sabia qual era a personagem. Topei fazer pela vontade de trabalhar novamente com essa dupla. E a novela se revelou muito especial, com um clima maravilhoso nos bastidores. Olivia é uma personagem simples e que tem uma história bonita e corajosa ao lado do marido e do filho”, ressalta.

Paulistana e conhecida por sua forte veia política, Bete está na tevê desde o final dos anos 1960, quando, ainda na extinta Tupi, atuou na clássica “Beto Rockfeller”. Na Globo desde 1974, quando participou de “O Rebu”, Bete lembra com carinho de seus papéis mais populares, caso de Donana, a interiorana de “O Rei do Gado”, de 1996.

“Não ligo muito para o tamanho das minhas personagens. Mas é claro que é bom quando a repercussão toma as ruas”, opina. Acostumada a estar sempre escalada ou envolvida em algum projeto, a atriz segue em isolamento por conta da pandemia.

Aos 71 anos, ela espera logo retomar sua intensa rotina de trabalho. “Estou confinadinha, confortável, lendo, participando de ‘lives’, vendo tevê, com saúde e cautela. Mas não vejo a hora de sair batendo perna por aí”, planeja, entre risos.

No ar como a religiosa Olívia de “Flor do Caribe”, Bete se empolga ao rever seu reencontro com o autor Walther Negrão – Foto: Divulgação

Como você recebeu a notícia da reprise de “Flor do Caribe”?

É uma novela carregada de muita emoção. Fiquei feliz demais em poder acompanhar tudo de casa e me emocionar de novo com o texto do Walther Negrão e a direção do Jayme Monjardim. Estou morrendo de saudade dos estúdios e fico lembrando do clima maravilhoso que esse trabalho teve.

A Olívia é carregada de drama e simplicidade, características parecidas de tipos vividos por você em outras novelas. Essas semelhanças já a incomodaram?

Posso fazer a simplicidade de minhas personagens de muitas formas. Por exemplo, o lado simples da Olívia é fruto da forte religiosidade dela. Acredito muito na minha intuição e a experiência me dá suporte para, no processo de construção, diferenciar personagens que possam ter coisas em comum. A base dramatúrgica, as histórias e os arquétipos podem ser parecidos, mas nada é igual.

Depois de tantas tramas e personagens, o que ainda a instiga a aceitar novos trabalhos?

É meio clichê, mas sou apaixonada pelo que faço. E acho que a atriz que gosta da sua profissão tem mesmo é de estar trabalhando. Sou do tipo que não recusa nada. Qualquer trabalho é importante e acho que essa postura me deu uma visão mais ampla da televisão. Me mostro disponível e acabo recebendo muitos convites e passeando por todos os horários e núcleos da emissora. Já no cinema, eu fui e sou um pouco mais seletiva.

Como assim?

Entre os anos 1970 e 1980, recebi muitos convites para pornochanchadas. E era o tipo de trabalho que não me agregava em nada artisticamente. Lia os roteiros e as personagens estavam sempre sorridentes e nuas na cama (risos). Qualquer pessoa poderia fazer esse tipo de cena, nem precisaria ser atriz. Eu era gatinha e recebia muitos convites dessa natureza (risos).

Você estreou nas novelas na icônica “Beto Rockfeller”, de 1969, primeira trama de temática contemporânea e urbana produzida no Brasil. Qual sua principal lembrança dessa época?

Foi uma novela feita na coragem. Tudo era muito na base do improviso e no prazer de levar aquilo ao ar. Lembro muito do quão aquele trabalho era espontâneo. A modernidade estava ali como um retrato da época e não apenas firula. É por isso que o resultado é lembrado até hoje.

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