MANIFESTAÇÃO
Grupo queima pneus e interdita entrada da Vila Soma, em Sumaré, após decisão sobre desocupação de 18 lotes
Vídeos mostram moradores reclamando da determinação judicial; vereador Willian Souza também foi alvo do protesto
Por Cristiani Azanha
26 de maio de 2024, às 20h10
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/sumare/grupo-queima-pneus-e-interdita-entrada-da-vila-soma-em-sumare-apos-decisao-sobre-desocupacao-de-18-lotes-2181855/
Um grupo de moradores da Vila Soma, em Sumaré, queimou pneus e entulhos para interditar a entrada do bairro na manhã deste domingo (26).
Vídeos divulgados em grupos de WhatsApp mostram alguns moradores reclamando sobre a desocupação forçada, que já foi autorizada pela Justiça, para 18 famílias que não assinaram o contrato de compra com a empresa Fema. O procedimento é necessário para que os ocupantes se tornem proprietários de seus respectivos terrenos.
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Nos vídeos, algumas pessoas dizem que não vão aceitar a desocupação da área e pedem a saída do vereador Willian Souza (PT) e da Coordenação da Vila Soma como representantes das famílias.
Neste domingo, estava prevista uma assembleia entre eles e os moradores para discutirem as ações sobre a reintegração de posse, mas a reunião não ocorreu.
As 18 famílias que não assinaram o contrato com a Fema ocupam lotes das ruas Império, Vitória, Aviação, das Orquídeas, Faroeste Caboclo, Missão e Lírios do Vale, bem como da Avenida Soma.
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Diante da recusa, a Fema pediu a desocupação forçada, aceita na última quinta-feira (16) pelo juiz André Pereira de Souza, da 2ª Vara Cível de Sumaré. A medida pode ser revertida se os próprios ocupantes aceitarem assinar o contrato.
Em nota, a Coordenação da Vila Soma informou que 15 pessoas participaram da manifestação e lamenta profundamente que, “por questões infundadas e interesse políticos”, as pessoas que mais “ajudaram no momento mais delicado do bairro estejam sofrendo ataques do tipo em um ano eleitoral”.
“A Vila Soma, hoje, é um bairro regularizado. Mais de mil famílias já receberam as suas escrituras e, atualmente, contam com energia elétrica regular, transporte público e um módulo de saúde. A rede de água e esgoto está em fase de instalação e, em breve, será feito o asfalto”, cita trecho da nota.
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Segundo a coordenação, os ocupantes dos lotes que não assinaram o contrato não se manifestarem no processo de compra e venda, mesmo com “inúmeras” tentativas da coordenação do bairro e da Fema para negociar, com diferentes condições.
“Isso ocorre porque, hoje, a Vila Soma é um bairro regular como qualquer outro”, ressalta.
A coordenação aponta que, como esses moradores manifestaram desinteresse na negociação de compra e venda, a empresa responsável acionou a Justiça para requerer seus terrenos. Também destaca que segue aberta ao diálogo e “disposta a encontrar uma solução passível para ambas as partes”.
A reportagem não conseguiu localizar a liderança dos manifestantes.
Colaborou Gabriel Pitor