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Santa Bárbara

Santa Bárbara prepara PPP como opção ao aterro

Ideia a longo prazo é zerar o uso do local, que tem mais um ano e meio de vida útil

Por André Rossi

11 de dezembro de 2019, às 08h04

Com mais um ano e meio de vida útil do aterro sanitário municipal, a Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste prepara uma PPP (Parceria Público-Privada) para viabilizar uma nova forma de tratamento para o lixo. As tecnologias que despertam interesse do Governo Denis Andia (PV) envolvem a queima dos resíduos e biodigestão.

A informação é do secretário de Meio Ambiente, Cleber Canteiro. Enquanto a PPP não sai do papel e se torna uma opção viável para tratar 100% dos resíduos, a prefeitura realiza estudos para ampliar a capacidade do aterro. A longo prazo, no entanto, a intenção é encerrar as atividades no local.

Foto: Arquivo / O Liberal
Aterro sanitário de Santa Bárbara: intenção é encerrar atividades no espaço em longo prazo

O primeiro passo para viabilizar o novo modelo foi dado no mês passado, com a aprovação na câmara de um projeto de lei para instituir o programa de PPP’s no município. A lei foi sancionada pelo prefeito em 28 de novembro.

A prefeitura abriu um PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse), no qual três empresas se cadastraram e foram autorizadas a apresentar um modelo de negócio. Para isso, puderam ter acesso aos dados técnicos da área, como quantidade de lixo gerado diariamente, capacidade do aterro, entre outras. O prazo para envio das propostas termina no dia 23 deste mês.

A partir desses projetos a prefeitura vai estudar qual tecnologia atende melhor suas necessidades e lançará um edital em janeiro do ano que vem para firmar a PPP. Entretanto, não necessariamente uma das empresas que participaram do PMI será a vencedora.

“No edital do PMI nós deixamos claro que não é porque elas foram selecionadas que o município tem obrigação de contratar a tecnologia delas. A licitação de PPP vai ser aberta para qualquer outra empresa que queira participar também”, ressaltou Cleber.

Alternativas

Existem três modelos de tratamento de resíduos que já despertaram interesse da prefeitura: gaseificação, pirólise e biodigestão.

“A pirólise é basicamente a queima do resíduo. A gaseificação é uma queima, só que mais controlada, sem que seja emitido alguns tipos de gases que são mais poluentes. E a biodigestão é um tratamento biológico, que uma colônia de bactérias faz a biodigestão de resíduos, gerando gás também, que é equivalente ao gás natural”, explicou o secretário.

Diariamente, Santa Bárbara produz 140 toneladas de lixo, que são encaminhadas para o aterro. A média mensal é de 3.640 toneladas.

“A ideia a longo prazo seria zerar o aterro, não aterrar mais resíduos. A gente não consegue dar prazo porque isso vai depender do tipo de tecnologia que vai acabar sendo contratada. Temos notícias de equipamentos que poderiam ser instalados e que permitiram até a gente desaterrar o lixo que está lá”, afirmou Cleber.

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