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VIOLÊNCIA

Preso por morte de morador de Santa Bárbara em penitenciária disse que crime foi ‘missão’

Detento afirma que recebeu ordem do PCC para as execuções de duas pessoas do grupo no período de 24 horas

Por Cristiani Azanha

29 de junho de 2024, às 08h31 • Última atualização em 29 de junho de 2024, às 08h35

Luis Fernando Baron Versalli (Barão), 53, um dos envolvidos no brutal assassinato de Janeferson Aparecido Mariano Gomes, 48, investigado no suposto plano arquitetado por integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) para matar autoridades políticas, entre elas o senador, ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (União Brasil), confessou que recebeu a “missão” de executá-lo em um período de 24 horas.

Nefo estava preso desde março de 2023 em Presidente Venceslau – Foto: Reprodução

Também conhecido como Nefo, o homem estava detido desde março de 2023, quando foi preso no condomínio onde morava em Santa Bárbara d’Oeste, durante a Operação Sequaz, realizada pela PF (Polícia Federal).

Ele foi morto com dezenas de golpes de estilete e punhal, no último dia 17, no pátio de sol da Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira, a P2, em Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, considerada de segurança máxima.  

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Na ocasião, outro detento, identificado Reginaldo Oliveira de Sousa, 48, também foi assassinado.  

A versão de Versalli sobre a motivação dos crimes consta no relatório sobre a investigação, concluída pela Polícia Civil na última quarta-feira.

Ele afirmou que recebeu a ordem do PCC e caso não cometesse os dois assassinatos, ele e um comparsa, Jaime Paulino de Oliveira (Japonês), 47, seriam mortos.

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De acordo com o delegado Edmar Rogério Dias Caparroz, de Presidente Venceslau, outros presos que teriam participado do duplo homicídio são Ronaldo Arquimedes Marinho (Saponga), 53 e Elidan Silva Ceu (Alemão), de 45 anos. Todos foram isolados pela direção da unidade.

A polícia concluiu que os assassinatos ocorreram devido às supostas falhas de Reginaldo e Janeferson na execução dos atentados contra as autoridades. Versalli teria relatado que os detentos foram mortos porque falaram demais e que haviam perdido dois “caguetas” [delatores].

O delegado também destacou no relatório que Janeferson e Reginaldo pertenciam a alta cúpula da facção criminosa e sempre eram vistos juntos.

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Segundo ele, Reginaldo recebia ordens diretamente da cúpula do PCC, na contabilização de armas, além de julgamento e punições, incluindo a morte de integrantes que infrigiam as regras do grupo.

Já Nefo exercia papel de liderança, atuando como gerente de empreitadas delitivas, com contato direto com outras lideranças do PCC para a operacionalização, no “Setor Restrito” da organização criminosa.

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