Dois anos depois do acidente que atropelou sete e matou o pastor Jhonnathan Richer Guimarães, 28, em uma pastelaria no bairro Mollon 4, em Santa Bárbara d’Oeste, no dia 30 de dezembro de 2020, o MP (Ministério Público) denunciou o motorista Wilson Braga de Souza, 56, por homicídio culposo na direção de veículo automotor.

Caso condenado, a pena varia de 2 a 4 anos de detenção, podendo ser aumentada pelo fato de ele ter atropelado as vítimas na calçada.
De acordo com a denúncia, apresentada nesta segunda, o motorista é diabético e hipertenso e havia bebido no dia do atropelamento. No entanto, ele não responderá por embriaguez ao volante.

Wilson também será processado por dois crimes de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor (detenção de seis meses a dois anos). Duas vítimas atropeladas representaram contra ele.

O MP chegou a cogitar um acordo de não persecução penal com o motorista, que poderia cumprir medidas alternativas para reparar o ocorrido, mas sequer conseguiu encontrá-lo para notificá-lo. A reportagem não conseguiu localizar seu advogado.

CASO. Jhonnathan morreu após ser atropelado por um homem que perdeu o controle de uma caminhonete Toyota Hilux e invadiu uma barraca de pastel, acertando o pastor, antes de bater carro contra um poste. O pastor foi a única vítima do acidente, que terminou com outras sete pessoas feridas. A colisão foi flagrada pela câmera de segurança do estabelecimento.

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Antes de invadir o estabelecimento, o motorista chegou a bater em outro veículo e em uma moto, que estava estacionada na rua.

A defesa alega que o motorista bebeu um pouco de álcool antes do episódio, mas que não estava embriagado ao volante. A perda do controle do carro, segundo o investigado, se deu por conta de uma mistura de remédios para hipertensão e diabetes que o levaram a ter uma labirintite.