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VIOLÊNCIA

Envolvidos em morte acumulam 181 anos de prisão e seis homicídios em penitenciárias e saidinhas

Presos respondem pelos assassinatos de Janeferson Gomes, que era morador de Santa Bárbara, e outro indivíduo

Por Cristiani Azanha

02 de julho de 2024, às 07h30

Os quatro detentos envolvidos nos homicídios com requintes de crueldade do morador de Santa Bárbara d’Oeste, Janeferson Aparecido Mariano Gomes e de Reginaldo Oliveira de Sousa, ambos de 48 anos, dentro da Penitenciária de Presidente Venceslau, no dia 17 de junho, somam juntos 181 anos em condenações por vários crimes, incluindo mais seis assassinatos em outras prisões.  

Nefo estava preso desde 2023 em Presidente Venceslau – Foto: Edson Lopes Jr./ GESP e Reprodução

Janeferson, também conhecido como Nefo, era investigado no suposto plano arquitetado por integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) para matar autoridades políticas, entre elas o senador, ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (União Brasil).  

Ele estava detido desde março de 2023, quando foi preso no condomínio onde morava em Santa Bárbara d’Oeste, durante a Operação Sequaz, realizada pela PF (Polícia Federal).

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Nefo exercia papel de liderança, atuando como gerente de empreitadas delitivas, com contato direto com outras lideranças do PCC para a operacionalização, no “setor restrito” da organização criminosa, e Reginaldo recebia ordens diretamente da cúpula do PCC, na contabilização de armas, além de julgamento e punições, incluindo a morte de integrantes que infringiam as regras do grupo.

De acordo com relatório da Polícia Civil, ambos foram mortos a mando da própria facção, porque teriam falado demais.

Histórico

Quem recebeu a ordem para as execuções foi Luis Fernando Baron Versalli (Barão), 53. Ele mesmo confessou a polícia que recebeu a missão de cumprir a determinação em 24 horas.

Barão possui condenação de 69 anos e seis meses em regime fechado, incluindo outros três homicídios cometidos na Casa de Detenção de São Paulo e na Penitenciária de Iaras, no interior do Estado, e latrocínio.

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Outro identificado nas mortes é Ronaldo Arquimedes Marinho (Saponga), 53. Ele tem condenação de 41 anos, três meses e 22 dias em regime fechado por diversos crimes como homicídio, roubo, danos, ameaça e desacatos.

Em seu histórico carcerário constam 83 faltas graves, a maioria relacionada à falta de disciplina e ameaças de morte para funcionários da unidade prisional.

Elidan Silva Ceu (Alemão, Taliban), 45, que também foi responsabilizado pelas mortes em Presidente Venceslau, soma 35 anos e dois meses de prisão em regime fechado. O primeiro assassinato que cometeu foi em 1998.

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Seis anos depois, quando foi beneficiado pela saída temporária de Dia das Mães, Elidan matou um homem de uma facção rival.

Em 2005, quando estava na Penitenciária de Itirapina, cortou o pescoço de um preso com uma lâmina, amarrou uma corda e o jogou para o pavimento inferior.

Já Jaime Paulino de Oliveira, o Japonês, 47, matou um detento na Penitenciária de Araraquara, em 1999. Ele soma 36 anos e quatro meses de condenação por homicídio e roubos.

Todos os acusados, foram transferidos para a Penitenciária de Avaré.

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