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Santa Bárbara

Condenado por estupro de enteadas responderá em liberdade

Pedreiro foi condenado a 29 anos de prisão pela Justiça de Santa Bárbara, mas permanecerá livre enquanto puder recorrer da sentença

Por George Aravanis

15 de fevereiro de 2020, às 08h26 • Última atualização em 15 de fevereiro de 2020, às 15h14

A Justiça de Santa Bárbara d’Oeste condenou um pedreiro a 29 anos de prisão por estuprar duas filhas de sua ex-esposa. A menina mais velha, hoje com 19 anos, diz que foi vítima do ex-padrasto dos 7 aos 16, idade que ela tinha quando o caso veio à tona. O homem, de 36 anos, poderá recorrer da sentença em liberdade.

A justificativa na decisão, publicada esta semana, é que ele já respondeu solto ao processo. O advogado do pedreiro, Fernando Moraes de Alencar, afirma que seu cliente alega inocência e que deve recorrer.

O caso chegou ao conhecimento da polícia em abril de 2016. Na ocasião, a PM (Polícia Militar) foi chamada à casa da família na cidade.

Foto: Arquivo / O Liberal
Homem foi condenado a 29 anos de prisão, mas pode recorrer da decisão em liberdade, de acordo com a Justiça de Santa Bárbara

A garota mais velha, na época com 16 anos, contou que acordou com o padrasto em cima dela, tentando forçar uma relação sexual que ela conseguiu evitar. A mãe acordou com os gritos da outra filha, que na época tinha 10 anos.

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A garota mais velha relatou à polícia que desde os 7 anos o pedreiro entrava no quarto e passava a mão em seu corpo. A irmã dela disse que sofria o mesmo desde os 5.

O homem negou as acusações e disse que as meninas não aprovavam seu relacionamento com a mãe delas. No dia em questão, ele justificou que a enteada estava deitada em cima de seu carregador de celular e ele o puxou com força por debaixo dela.

IRMÃ

A própria irmã do acusado, porém, contou à polícia que, em janeiro de 2016, quando dormiu na casa da família, no quarto das meninas, viu o pedreiro abrir a porta durante a noite, olhar para dentro e voltar. Ela estranhou a atitude, conversou com as sobrinhas e a mais nova lhe contou que era abusada pelo homem.

Depois disso, as meninas e a mãe delas foram morar com a irmã do acusado. Porém, três meses depois, voltaram a conviver com o homem, contra a vontade das duas menores, falou a tia.

Já a mãe das garotas afirmou à polícia que as filhas nunca haviam lhe dito nada. Alegou que, depois que sua cunhada disse que ele entrou no quarto durante a noite, conversou com as duas, mas elas não relataram abuso. A mãe alegou que se separou porque o pedreiro bebia demais.

PRISÃO

O homem chegou a ser preso preventivamente em 14 de maio de 2019, pois a Justiça não estava conseguindo encontrá-lo para a sequência do processo.

O advogado Dinael de Souza Machado Junior, que o representava naquela época, conseguiu um habeas corpus para libertá-lo em 10 de junho.

O ex-defensor apontou que o pedreiro tinha sido procurado em endereços desatualizados e que não sabia da existência do processo criminal, já que havia apenas sido ouvido na delegacia.

O homem, inclusive, trabalhava em uma obra perto do Fórum. Desde então, o acusado está livre.

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