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ELEIÇÕES

Número de eleitores com deficiência cresce 25% no pleito deste ano

Aumento de PCDs votantes tem demandado maior atenção dos tribunais regionais quanto à acessibilidade

Por Gabriel Pitor

19 de agosto de 2024, às 07h40

O número de eleitores da RPT (Região do Polo Têxtil) com alguma deficiência aumentou 25,7% no pleito deste ano em relação às eleições municipais de 2020, segundo levantamento feito pelo LIBERAL com base em dados disponibilizados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ao todo, 5,2 mil estão aptos a votar em 2024.

Único município da região com possibilidade de segundo turno, Sumaré tem o maior eleitorado de PCDs (Pessoas com Deficiência), com 2,1 mil. A quantia é 17,8% superior ao pleito passado, quando a cidade tinha 1,8 mil.

Maria Gonçalves citou como dificuldade a ausência de vagas para PCDs em frente à escola – Foto: Marcelo Rocha/Liberal

Proporcionalmente, o maior crescimento foi de Santa Bárbara d’Oeste, que possui 410 eleitores com deficiência, sendo que em 2020 tinha 235 – aumento de 74,5%.

Americana tem 901 PCDs aptos a votar, um aumento de 42,8% em relação a 2020, quando eram 631. Hortolândia tem 1,4 mil e Nova Odessa, 367. Juntas, as cinco cidades da RPT chegaram a 5,2 mil eleitores com alguma deficiência, sendo que nas eleições anteriores eram 4,1 mil.

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Foram consideradas pelo TSE pessoas com deficiência visual, auditiva e de locomoção ou que possuem dificuldades para exercício do voto. Outras limitações físicas ou psíquicas também puderam ser declaradas pelos eleitores, mas não foram listadas pelo tribunal em sua base de dados.

O aumento do eleitorado com deficiência tem demandado maior atenção dos tribunais regionais e dos chefes dos cartórios eleitorais quanto à acessibilidade nos locais de votação.

Algumas dessas pessoas ainda passam por situações que dificultam a votação, principalmente as que têm algum tipo de deficiência de locomoção – maioria na região, com 1.614 eleitores -, como a profissional de mesa posta e diretora do MAP (Ministério Adventista das Possibilidades) Maria Gonçalves, de 60 anos.

Ela vota na Escola Estadual Professora Dilecta Ceneviva Martinelli, na Cidade Jardim, em Americana, e nas últimas eleições teve de fazer vários apontamentos para os coordenadores de seção.

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Embora tenha elogiado a gentileza de mesários e trabalhadores, Maria citou como dificuldade a ausência de vagas para PCDs em frente à escola, além da largura dos portões de entrada.

“Acho que ainda faltam alguns detalhes, algumas coisas, mas nos últimos anos a acessibilidade já melhorou muito. É que um pequeno degrau, que às vezes passa desapercebido pelas pessoas, pode virar uma muralha para nós. O problema é a falta de atenção para esse assunto. São poucos que olham”, disse.

Votação no térreo

Ao LIBERAL, o chefe do cartório da 158ª Zona Eleitoral em Americana, Marcio Uchida, destacou que por determinação judicial os locais de votação nas eleições deste ano, agendadas para 6 de outubro, serão apenas no piso térreo dos prédios.

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Já o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral do Estado de São Paulo) apontou que antes do pleito são feitas vistorias nas seções para verificar a acessibilidade e exigir adequações, caso seja necessário.

No dia das eleições, cada escola tem um coordenador de acessibilidade, que é responsável por conduzir o eleitor com deficiência e orientá-lo sobre a votação. Os PCDs possuem prioridade na fila de votação.

Ainda de acordo com o TRE-SP, deficientes visuais contam com recursos de áudio e fone e marcação em braile nas teclas nas urnas eletrônicas. Deficientes auditivos podem solicitar um intérprete de libras e os deficientes de locomoção podem contar com o auxílio de pessoa de sua confiança para votar.

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