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Mercado registra aumento de 43% nas vendas de imóveis usados - O Liberal

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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Mercado registra aumento de 43% nas vendas de imóveis usados - O Liberal

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Região

Mercado registra aumento de 43% nas vendas de imóveis usados

Para 2023, a expectativa no setor é de um mercado crescente, porém, em uma velocidade um pouco mais reduzida

Por Ana Carolina Leal

28 de janeiro de 2023, às 08h33 • Última atualização em 28 de janeiro de 2023, às 08h57

Mercado de imóveis tanto para venda como para locação registrou melhora significativa - Foto: Arquivo - Liberal

A região de Campinas fechou o mês de dezembro com alta de 43,4% nas vendas de imóveis usados e 98,2% no volume de contratos de locação, de acordo com dados divulgados nesta semana pelo Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo). A comparação foi com o mês de outubro.

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Os números são resultado de um levantamento realizado pelo conselho junto a 115 imobiliárias de 29 municípios, entre eles Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia. A pesquisa comparou os mercados de venda e locação de casas e apartamentos.

Presidente do Creci regional, José Augusto Viana Neto afirma que o resultado de dezembro foi motivado, principalmente, pelo aumento do emprego formal. “Para ter acesso ao financiamento imobiliário, o que mais influencia é a comprovação de renda. E não há documento melhor do que a carteira assinada”, disse.

Último levantamento divulgado pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) é referente a novembro do ano passado. A RPT (Região do Polo Têxtil) fechou o mês com saldo positivo de 160 vagas, número inferior ao mesmo período de 2020 (1.588) e 2021 (2.716).

Porém, apesar do saldo de empregos menor, economista entrevistado pelo LIBERAL na época, Roberto Brito de Carvalho, afirmou que os números demonstram que existe uma evolução. De acordo com ele, os dados representam o crescimento do emprego no Brasil, bem como no Estado de São Paulo e na região.

Outro fator que também contribuiu para a venda de imóveis usados, segundo o presidente do Creci, foi a estagnação dos juros. “Muito embora as taxas estejam elevadas, estagnaram em um determinado patamar e isso também facilitou. Deu confiança para as pessoas fazerem aquisição”.

Segundo Kelly Curciol Ferreira, proprietária da Lumes Gestão Imobiliária, em Americana, todos os anos, com raras exceções, ocorre um aumento de vendas e aluguel no final do ano. “Provavelmente por conta do período de férias e 13° salário”, citou.

Ela também afirma que em ano eleitoral há uma represada de investimento para aguardar o novo governo. “As políticas públicas são diferentes. Portanto, muitos optam por esperar para entender como vai funcionar para então dar continuidade aos investimentos”, explicou.

Também em Americana, o corretor Luis Santina, da Alliance Administração de Imóveis, percebeu um sensível aumento nas vendas de imóveis usados no valor de até R$ 300 mil. Segundo ele, no mesmo período a busca por contratos de locação de até R$ 1,5 mil cresceu de forma considerável. 

Maioria das casas tinha valores de até R$ 350 mil

Ainda de acordo com a pesquisa, a maioria das casas vendidas (58,6%) em dezembro tinha valores de até R$ 350 mil. Eram residências de dois dormitórios, com área útil de 51 a 100 metros quadrados. Quanto aos apartamentos, a faixa de preço ficou em torno de R$ 250 mil (69,7%) para imóveis de dois dormitórios e área útil entre 50 e 100 metros quadrados. A maioria das propriedades comercializadas estava localizada na periferia (47,8%), seguida por áreas nobres (28,1%) e regiões centrais (24,1%).

Quanto às locações, a preferência dos inquilinos foi por casas de até R$ 1.750 com três dormitórios e área útil entre 50 e 100 metros quadrados. O valor de aluguel de apartamentos ficou em até R$ 1.250 com dois dormitórios.

A maioria optou por imóveis na periferia (51%) e nos bairros mais nobres (26,5%). E daqueles que encerraram os contratos de locação, 47,5% se mudaram para imóveis com aluguel mais barato; 14,8% para imóveis com aluguel mais caro e 37,7% não informaram o motivo da mudança.

Para 2023, a expectativa no setor, conforme o presidente do Creci regional José Augusto Viana Neto é de um mercado crescente, porém, em uma velocidade um pouco mais reduzida do que no ano passado. O que de acordo com ele é algo positivo, uma vez que diminui a pressão sobre o preço do imóvel.

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