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Região

Líder de plano para assassinar Sergio Moro morava em condomínio de Santa Bárbara

Janeferson Gomes foi preso junto com a companheira, na última quarta-feira, no condomínio Jardim das Flores; PF também verificou endereços ligados a ele em Americana e Nova Odessa

Por João Colosalle

24 de março de 2023, às 06h54 • Última atualização em 24 de março de 2023, às 09h17

O homem apontado como líder do plano para assassinar o senador, ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (União Brasil-PR) vivia em um condomínio residencial de alto padrão em Santa Bárbara d’Oeste, segundo informações da investigação da PF (Polícia Federal).

Janeferson Aparecido Mariano Gomes, 47, foi preso junto com a companheira Aline de Lima Paixão, 33, no Condomínio Jardim das Flores na última quarta-feira, no âmbito da Operação Sequaz, que investigou uma ação do PCC para matar autoridades públicas.

Segundo a PF, o casal havia se mudado para Santa Bárbara no início de fevereiro. Em uma ligação interceptada, Aline negocia um plano de TV e internet para o novo endereço se utilizando de um nome de terceiro.

Investigação identificou anotações financeiras de Janeferson relacionadas a armamentos como fuzil e pistolas – Foto: Reprodução

Janeferson, também apelidado de Nefo, seria o responsável pela organização, financiamento, planejamento e execução do sequestro e do atentado às autoridades. Para vinculá-lo à trama, os investigadores encontraram na apuração um print de uma videochamada feita junto a outros suspeitos de integrarem o grupo.

Neste print, também havia mensagens enviadas por Janeferson para a companheira, relacionados ao plano. Em uma das mensagens, ele citava códigos como o apelido atribuído a Moro (Tokio). “Flamengo” seria a chave para “sequestro”.

No pedido de prisão apresentado à Justiça Federal de Curitiba, a PF diz não ter dúvidas de que dinheiro do tráfico de drogas ligado a Janeferson era usado para financiar o plano para matar Moro. O morador de Santa Bárbara teria um cofre sob seus cuidados e, segundo a polícia, estava relacionado a bens em nomes de terceiros.

Em uma conta de armazenamento virtual (nuvem) também vinculada a Janeferson, a investigação identificou anotações financeiras relacionadas a armamento, como fuzil e pistolas.

Presos na operação contra ataques a autoridades foram levados à delegacia da PF em Campinas – Foto: Denny Cesare/Código 19/Estadão Conteúdo

Além da busca feita na casa de Nefo, a polícia verificou outros dois endereços ligados a ele. Um deles, em um condomínio no Jardim Dona Maria Azenha, em Nova Odessa, e em um apartamento na Avenida São Jerônimo, em Americana.

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Outros presos

Outros alvos presos na região também tinham participação de destaque na célula criminosa. Três deles – Claudinei Gomes Carias, Franklin da Silva Correa e Herick da Silva Soares – moravam, atualmente, em Sumaré. No organograma da PF, eles seriam um escalão abaixo de Nefo dentro da célula.

Claudinei, por exemplo, teria agido na vigilância e levantamento sobre Sergio Moro – foi levantado, inclusive, onde o ex-juiz votaria em 2022. Herick e Frank atuariam como braços operacionais, da célula, realizando levantamentos. O LIBERAL não conseguiu encontrar advogados dos suspeitos nesta quinta.

A investigação da PF surgiu após um depoimento de um ex-integrante do PCC que se transformou em testemunha protegida.

O plano era tramado desde setembro do ano passado e tinha Curitiba, no Paraná, como base das movimentações dos criminosos. O ataque a Moro, de acordo com a apuração, era “iminente”.

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