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Região

Liberal Explica: como funciona a transição de governo?

Existem regras estabelecidas em leis sobre a passagem de um governo para outro

Por Rodrigo Alonso

07 de novembro de 2022, às 06h26

Não se consegue, em um só dia, saber de tudo que se passa no País ou no Estado e governar apropriadamente. Até por conta disso, há o período de transição de governo, em que os eleitos se inteiram das ações realizadas pela gestão atual, para que possam tomar as medidas necessárias imediatamente após a posse. As transições, no entanto, não podem ser feitas da forma que os envolvidos bem entenderem. Existem regras estabelecidas em leis sobre a passagem de um governo para outro.

Passado o período eleitoral e a definição dos eleitos nas urnas, é iniciada a fase de transição nas esferas executivas de governo. No âmbito do governo federal, os trâmites são regulamentados pela lei 10.609/2002 e pelo decreto 7.221/2010. O processo começa com a proclamação do resultado da eleição e se encerra com a posse do novo presidente.

“A transição é um trabalho que exige participação e esforço dos dois lados, da administração que está vigente e do novo governo que foi eleito”, afirma o advogado Marcelo Aith, presidente da Comissão Especial de Direito Penal Econômico da Abracrim-SP (Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas).

06 TRANSIÇÃO – Foto:

O presidente eleito tem direito a uma equipe de transição até o dia da posse. Os membros, indicados por ele mesmo, têm acesso às informações relativas às contas públicas, aos programas e aos projetos do governo federal, de acordo com a legislação.

“Essa equipe terá a missão de se inteirar do funcionamento dos órgãos e entidades da administração pública federal, além de preparar os primeiros atos do novo governo, que normalmente são editados a partir do primeiro dia do ano”, explica.

A equipe é supervisionada por um coordenador, a quem cabe requisitar as informações dos órgãos e entidades do governo federal, que são obrigados a fornecer o que for solicitado. Eleito no domingo passado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já escolheu seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), para essa função.

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A equipe conta com 50 cargos em comissão, que devem ser preenchidos a partir do segundo dia útil após a data do turno que decidir as eleições presidenciais e precisam estar vagos no prazo de até dez dias contados da posse do candidato eleito.

Todos recebem salários para isso, previstos no orçamento deste ano, que variam de R$ 2.701,46 a R$ 17.327,65, a depender da complexidade do posto. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o ex-ministro Aloizio Mercadante estão entre os nomes confirmados na equipe.

A nomeação dos ocupantes deve ser feita pelo chefe da Casa Civil da Presidência, também responsável por disponibilizar ao presidente e vice-presidente eleitos local, infraestrutura e apoio administrativo. Hoje, o órgão tem Ciro Nogueira como ministro-chefe.

“Oxalá seja realizada uma transição tranquila e que apazigue os ânimos no país. A democracia brasileira exige que os atores ajam com prudência e que o novo governo tenha acesso às informações importantes”, destaca Aith.

ESTADO. No Estado de São Paulo, já no primeiro dia após o segundo turno, o governador Rodrigo Garcia (PSDB) designou o secretário de Governo, Marcos Penido, para coordenação do processo de transição para o governador eleito, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Penido deverá fornecer à nova equipe os detalhes referentes ao orçamento do Estado e os investimentos em andamento no governo estadual, bem como dados sobre as concessões.

“Desejo sucesso a Tarcísio de Freitas. Faremos a transição que o povo de São Paulo espera, com transparência e diálogo. Entregarei um Estado pronto, para um inédito salto de desenvolvimento, contas em dia e mais de R$ 30 bilhões para investimentos”, afirmou Rodrigo na última segunda.

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