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Liberal explica

Quais os riscos da gripe aviária?

Casos de influenza aviária (H1N5) confirmados em aves silvestres no Brasil acendem um sinal de alerta entre produtores industriais no País

Por Agência Brasil

29 de maio de 2023, às 08h02

Produtores industriais precisam tomar uma série de cuidados, mas os riscos de contágio em humanos são baixos - Foto: Andreas Göllner - Pixabay

CONTEXTO. Na última semana, o Brasil chegou a oito casos confirmados de influenza aviária (H1N5) em aves silvestres nos estados do Espírito Santo e do Rio de Janeiro, levando o Ministério da Agricultura e Pecuária a declarar uma emergência zoosanitária no País e elevando a preocupação da população. No entanto, é preciso avaliar se o impacto aos humanos é realmente sério neste momento.

Produtores industriais precisam tomar uma série de cuidados, mas os riscos de contágio em humanos são baixos – Foto: Andreas Göllner – Pixabay

Os oito casos de influenza aviária (H1N5) confirmados em aves silvestres no Brasil acendem um sinal de alerta entre produtores industriais no País. A avaliação é do presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Ricardo Santin, que destacou que, apesar do problema sobre a produção, os riscos de contágio em humanos são baixos.

Até o momento, são oito casos confirmados em aves no País: sete no Espírito Santo, nos municípios de Marataízes, Cariacica, Vitória, Nova Venécia, Linhares e Itapemirim; e um no Rio de Janeiro, em São João da Barra. Além da infecção na espécie Thalasseus acuflavidus, há ainda aves da Sula leucogaster (atobá-pardo) e Thalasseus maximus (trinta-réis real).

Santin afirmou que os casos em humanos são raros – cerca de 800 ao longo de toda a história, a maioria na Ásia, onde os produtores comumente criam as aves dentro de casa. “É como uma gripe normal. As pessoas, para se infectarem, têm que estar com imunidade baixa e ficar muito expostas ao vírus. Então, se você simplesmente passa perto, não tem problema”, explicou.

Segundo o presidente da ABPA, a infecção em humanos exige o contato direto com secreções da ave doente, expelida pelos olhos, pela boca, pela urina ou pelas fezes. “Por isso, é muito raro que as pessoas peguem. Mas é preciso evitar qualquer exposição exatamente para minimizar os riscos”, destacou.

“O que as pessoas têm que fazer? Se você vir uma ave doente, cambaleante, com sinais nervosos, caminhar [de modo] diferente, ou meio tonta, não pegue, chame o serviço veterinário, o auditor fiscal federal agropecuário”, disse.

Aos produtores, cabe reportar, triplicar as medidas de segurança, não deixar entrar na granja, revisar os selamentos e, acima de tudo, ter roupas e calçados exclusivos para entrar nos aviários.

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ENTENDA. O Ministério da Agricultura e Pecuária declarou estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional, em função de casos de gripe aviária detectados em aves silvestres. A portaria, assinada pelo ministro Carlos Fávaro, foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União na última segunda-feira, dia 22, e tem validade de 180 dias.

De acordo com a pasta, o objetivo da medida é evitar que a doença chegue à produção de aves de subsistência e comerciais, além de preservar a fauna e a saúde humana. Ainda segundo o ministério, a declaração de estado de emergência zoossanitária possibilita a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios e organizações governamentais nas três instâncias, além das não governamentais.

A portaria também prorroga, por tempo indeterminado, a suspensão da realização de exposições, torneios, feiras e outros eventos com aglomeração de aves, além da criação de aves ao ar livre, com acesso a piquetes sem telas na parte superior, em estabelecimentos registrados no ministério.

“A medida se aplica a quaisquer espécies de aves de produção, ornamentais, passeriformes, aves silvestres ou exóticas em cativeiro e demais aves criadas para outras finalidades”, detalhou a pasta.

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