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Seca

Estiagem acende alerta para risco de desabastecimento de água na região

Prefeituras descartam racionamento no momento, mas avaliam que situação é considerada preocupante

Por Ana Carolina Leal

14 de agosto de 2021, às 08h08

O déficit de chuvas atual acende um alerta para o risco de desabastecimento de água na região. Em boletim divulgado nesta semana, o Consórcio PCJ disse que as precipitações abaixo da média vêm sendo verificadas nos últimos quatro anos, no entanto, o que se nota em 2021 é uma intensidade maior ainda.

Diante desse cenário, a entidade recomenda aos municípios ações de contingenciamento, como campanhas de uso racional da água e execução de obras de ampliação da reserva de água bruta ou tratada para quando as chuvas voltarem a ocorrer.

Rio Piracicaba, em Americana: prefeitura disse que não há previsão de racionamento de água – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

Por conta da estiagem, o Rio Piracicaba, por exemplo, registrou vazão média para o mês de julho de 21,09 metros cúbicos por segundo, quando o esperado é de 63,01 metros cúbicos por segundo, o que representa 44.912 piscinas olímpicas a menos de disponibilidade de água, afirmou a entidade.

De acordo com o consórcio, os municípios que estão nas bacias não atendidas pelo Sistema Cantareira podem enfrentar escassez severas já nesse ano, especialmente entre os meses de agosto e outubro, quando a estiagem se intensifica.

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Questionada pelo LIBERAL, a Prefeitura de Americana disse que não há previsão de racionamento de água no município e que a administração está atenta à situação atual.

Santa Bárbara d’Oeste informou que o abastecimento na cidade dispõe do sistema de captação e reservação das águas das represas Areia Branca, São Luiz e de Cillo, totalizando mais de 10 bilhões de litros de água bruta reservada.

A administração descartou, no momento, medidas de racionamento mais incisivas, mas disse que estão sendo realizadas campanhas de conscientização para o uso racional da água.

A Prefeitura de Nova Odessa disse nesta sexta que o município não corre risco de desabastecimento ou racionamento de água tratada neste ano até o momento.

Segundo a equipe técnica da Coden (Serviço Municipal de Água e Esgoto), as cinco represas da cidade, responsáveis por 100% da água captada para abastecimento, estão com mais de 73% de suas capacidades somadas e a outorga exige racionamento apenas com 40% ou menos.

A BRK Ambiental, responsável pelo abastecimento de água em Sumaré, afirmou que com a redução das chuvas, os níveis dos mananciais de captação de água bruta da cidade (rio Atibaia e represas Horto 1, Horto 2 e Marcelo) estão abaixo do esperado para esse período do ano.

A represa Horto 2 é a que se encontra em condição mais crítica com 67% de sua capacidade atual. A represa do Marcelo e Horto 1 se encontram em estado de atenção com 68% e 72% de suas capacidades, respectivamente. E o Rio Atibaia, principal manancial de captação do município, tem o nível atual de 1, 60 metro quando o mínimo necessário para captação é de 1,20 metro.

“O abastecimento ainda ocorre com regularidade no município, mas uma maior redução nos níveis dos mananciais pode agravar tais condições”, pontuou a BRK Ambiental sobre o caso.

Responsável pelo abastecimento em Hortolândia, a Sabesp informou que não há previsão de racionamento da distribuição de água no município neste momento.

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