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LIBERAL EXPLICA

Entenda como funciona o golpe do pagamento por aproximação

Pagamentos via aproximação, principalmente no celular, tiveram um crescimento na popularidade em meio à pandemia

Por Agência Estado

06 de fevereiro de 2023, às 08h05 • Última atualização em 06 de fevereiro de 2023, às 08h15

A empresa de cibersegurança Kaspersky anunciou que descobriu três novas variações do vírus brasileiro Prilex e que o malware agora é capaz de bloquear pagamentos por aproximação nos pontos de venda. Após uma mensagem de erro, o consumidor é obrigado a inserir o cartão na maquininha, o que possibilita que o programa malicioso roube dados e fraude transações.

Pagamentos via aproximação, principalmente no celular, tiveram um crescimento na popularidade em meio à pandemia de Covid-19 e têm um mecanismo de segurança que cria um número de cartão único para cada transação – ou seja, as informações, mesmo que capturadas por criminosos, não teriam utilidade.

Quando há dispositivos infectados no ponto de venda, porém, a operação será bloqueada e uma falsa mensagem de erro irá aparecer: “ERRO APROXIMACAO INSIRA O CARTAO (sic)”.

Pagamentos em máquinas de cartão representam o alvo dos criminosos – Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

O objetivo é obrigar o consumidor a inserir o cartão na maquininha, quando o malware irá capturar os dados da transação, incluindo o número do cartão físico, tornando-o vulnerável a transações indevidas. Segundo a Kaspersky, o Prilex é o primeiro malware no mundo capaz de realizar fraudes com esse tipo de tecnologia de pagamento, mesmo que de forma indireta.

O malware ainda é capaz de filtrar cartões de crédito de acordo com o segmento, podendo, por exemplo, bloquear somente as operações de cartões “black”, corporativo ou outras opções que costumam ter limites mais altos.

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O Prilex é um grupo brasileiro especializado em fraudes financeiras. Sua atuação é rastreada desde 2014 na América Latina e já foi identificada também na Europa. As novas versões do vírus foram detectadas somente no Brasil por enquanto, mas poderão ser disseminadas para outros países, segundo a Kaspersky.

Como se proteger. As ferramentas do Prilex afetam computadores de pontos de venda, portanto é preciso que os lojistas se atentem à segurança de suas operações, mantendo seus computadores seguros.

Computadores usados para sistemas de pagamentos não devem ser utilizados para outros fins e é necessário que o sistema tenha uma solução de segurança atualizada e robusta, de preferência soluções com várias camadas de proteção. Computadores com sistemas antigos também devem ter soluções de segurança otimizadas para suas versões.

Já os consumidores podem ficar atentos à falsa mensagem de erro: caso ela apareça, ele não deve recorrer ao cartão físico, mas a outras alternativas de pagamento, como dinheiro ou Pix.

É importante acompanhar os valores emitidos na fatura do cartão e também através dos aplicativos dos bancos. Se detectar algum gasto indevido, é preciso entrar em contato com a instituição financeira para tentar resolver. Também é possível fazer um boletim de ocorrência.

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