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Chocolate

Comerciantes estão otimistas com vendas na Páscoa desse ano

No ano passado, a data ficou próxima do início da implementação das medidas de quarentena, o que atrapalhou as vendas

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15 de fevereiro de 2021, às 07h51 • Última atualização em 16 de fevereiro de 2021, às 12h48

Tanto as grandes redes de supermercados quanto os produtores artesanais estão otimistas com as vendas no feriado de Páscoa para esse ano, depois de um 2020 difícil para o setor por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

No ano passado, a data ficou próxima do início da implementação das medidas de quarentena e de distanciamento social no Brasil, após o surgimento dos primeiros casos da doença no país, o que teve um impacto considerável nas vendas.

Segundo uma estimativa feita pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), as vendas da Páscoa de 2020 caíram 31,6% em relação ao registrado 2019, uma perda de mais de R$ 700 milhões para comércio.

Ovos de Páscoa já começaram a aparecer nos mercados da região – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

Segundo a Acic (Associação Comercial e Industrial de Campinas), a data é a terceira mais importante para o comércio da RMC (Região Metropolitana de Campinas), depois do Natal e do Dia das Mães.

Marcos Cavichioli, diretor comercial da Rede de Supermercados São Vicente, explica que, no ano passado, os mercados não foram tão afetados pelas medidas de quarentena porque foram um dos únicos tipos de estabelecimentos comerciais que puderam ficar abertos.

“As lojas estavam fechadas, principalmente as especializadas. Os mercados vinham mal também com o início da pandemia, mas no final os consumidores recorrem aos supermercados”, explicou.

Para esse ano, Cavichioli tem expectativas positivas em relação a data, apesar de ainda estar cauteloso quanto ao comportamento dos consumidores.

“Nós esperamos um aumento de 5% no faturamento do São Vicente no período da páscoa. Mas não esperamos grandes movimentos. A preocupação é com o animo do consumidor, sem auxílio emergencial, com desemprego em alta, apesar da expectativa da vacina”, disse.

Junior Souza, gerente executivo comercial da Rede de Supermercados Pague Menos disse que também está otimista com as vendas na Páscoa desse ano.

“Para esse ano, a expectativa é de que as vendas aumentem um pouco mais, devido aos reflexos da pandemia, já que muitas famílias deverão consumir em casa, ao invés de restaurantes, como em anos anteriores era comum acontecer”, afirmou.

Wagner Armbruster, presidente da Acia (Associação Comercial e Industrial de Americana), disse esperar que o pior momento da pandemia já tenha passado para o setor e que a data deve impulsionar as vendas.

“As expectativas são positivas sim. A Acia está motivando todos os comerciantes para o momento. Acreditamos que este ano, considerando que a pandemia já foi assimilada e como a situação implica que devemos ir nos adaptando, tudo deve se adequar melhor”, afirmou.

Ovos artesanais
A paranaense Luciane Maria Rotava Erculiani, 49 anos, trabalha como produtora artesanal de brigadeiros há quatro anos e mora em Santa Bárbara d’Oeste. Em 2020, a pandemia de Covid-19 também teve um grande impacto em seu pequeno empreendimento comercial, a Sweet Box.

“Como foi bem no início da pandemia, as vendas na Páscoa não foram muito boas não. Muitos clientes cancelaram os pedidos já feitos, pois não iriam encontrar os familiares, não iam levar presentes”, afirmou.

Para esse ano, as expectativas são melhores. “Tenho certeza que esse ano vai ser bom, mas também não vai ser de grandes ovos, de meio quilo, muito incrementados. Minha aposta são em ovos de colher menores. Ninguém está podendo gastar muito”, conta.

Gabriel Puke Traldi, 24 anos, mora em Nova Odessa e começou a vender doces e chocolates durante a pandemia, como forma de complementar a renda. Essa vai ser a sua primeira Páscoa.

“Acredito que serão muito positivas as vendas nesse ano. Começamos em maio do ano passado com apenas um produto, como uma nova forma de ganhar dinheiro. Não enfrentamos muita dificuldade. Foi até espantoso a quantidade de vendas que tivemos”, explicou.

Gabriel chegou a largar o emprego para se dedicar exclusivamente ao seu novo negócio, o Que Barra. “Eu vi que era isso que eu queria fazer da minha vida. A evolução depois que eu sai do meu emprego foi estrondosa. Estou sempre tentando entender o que o meu cliente quer”, conclui.

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