NOSSOS PETS
Chegada do pet demanda preparo da casa
Cuidados específicos com o animalzinho são necessários no início do convívio no ambiente doméstico
Por Stela Pires*
03 de julho de 2022, às 08h15
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/regiao/chegada-do-pet-demanda-preparo-da-casa-1792448/
A chegada de um pet ao lar é sempre uma felicidade, mas também é um momento em que é preciso preparar a casa e oferecer os devidos cuidados ao novo membro da família. De acordo com a médica veterinária integrada e CEO da LM+ Hospital Veterinário, Salete Candido, o primeiro passo para preparar a casa para a chegada do pet é mapear os riscos de acidentes ambientais.
“O ambiente pode apresentar vários riscos, principalmente no caso de filhotes”, disse. Escada, sacada, janela, piscina, portão da rua, plantas tóxicas e produtos de limpeza são exemplos de riscos aos animaizinhos.
Quando recém-chegado à casa, o ideal é que o filhote esteja em um espaço mais restrito para ele ir se acostumando aos poucos com o ambiente e com a família, liberando o restante da casa gradativamente e com supervisão, segundo a médica.
“O espaço deve conter a caminha dele, para que ele se sinta seguro e acolhido, comedouro e bebedouro próximos e um local para o tapete higiênico no caso dos cães e a caixinha sanitária no caso dos gatinhos”, orientou. Outro item indispensável é a caixa de transporte.
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Também é importante que o bichinho tenha a seu alcance brinquedos próprios para a sua espécie, idade e porte, para as brincadeiras e enriquecimento ambiental. Nessa fase, eles tendem a morder tudo por conta dos dentes de leite, e para isso os brinquedos são a solução.
Mas só a adaptação ao ambiente em que o novo animal irá viver não é o suficiente quando já existe outro pet habitando o espaço. Nestes casos, a adaptação vai além da ambiental e é necessário conduzi-los a uma socialização gradual. “Se a socialização for bem-feita, a chance de se darem bem e conviverem em harmonia é grande”, disse a veterinária.
“Cada pet é um ser único e precisa ser tratado assim, pensando nas suas particularidades de porte, idade, raça, biotipo, família e ambiente que vive”, disse.
NA PRÁTICA. Com a chegada da gatinha resgatada, Sansa, que hoje tem em torno de sete meses, a coordenadora de comunicação e marketing Bruna Dalago de Andrade, de 27 anos, precisou fazer as mudanças em seu apartamento no “susto”.
A gatinha foi encontrada pelo padrasto de Bruna em Paraty, no Rio de Janeiro, em uma viagem a trabalho no fim de 2021, e como lá não tinha ninguém para cuidar dela, a comunicadora decidiu adotá-la. Em dois dias, Sansa chegou na vida de Bruna.
“Ela estava doentinha, a gente levou para o veterinário e cuidou dela. Aí eu já fui comprar caixinha, potinho. Quando ela chegou já estava tudo preparado, exceto pelas grades na janela”, disse.
“No começo a gente sentiu bastante medo porque ela estava bem doentinha, então tinha que acordar cedo para dar os remédios e passei várias noites acordada vendo se ela estava respirando e se estava tudo certo com ela”, relatou.
Bruna mora no mesmo prédio que a mãe, que tem duas gatas, Lua e Marina, e diariamente leva Sansa para visitá-las. Por conta disso, o trio precisou passar por adaptação para conviver bem.
Segunda a tutora, a adaptação entre elas foi difícil no começo. As mais velhas rosnavam e mantinham distância, mas a Sansa não entendia e queria interagir.
Aos poucos Bruna influenciou um processo de aproximação através do cheiro das gatas e hoje elas já estão totalmente integradas umas com as outras.
Já Bentinho tem dois meses e é o bebê da família da social media Mariana Florêncio Romeira, de 21 anos. Recém-chegado na casa, ele ainda tem medo de ficar sozinho e gosta de dormir no colo da tutora.
Mariana nunca tinha tido um pet e com a chegada do filhote percebeu que a casa precisava estar mais preparada para um animalzinho. A primeira adaptação foi telar o portão, já que era muito aberto e Bentinho, uma mistura de Pinscher com Lulu da Pomerania, poderia passar facilmente por ele.
A maior dificuldade no momento é a adaptação de Bentinho ao tapete higiênico. Segundo Mariana, a filhote sabe onde deve fazer as necessidades, mas as vezes acaba fazendo fora do local certo.
“A gente precisa ir lá, pegar ele, colocar no tapetinho para ele sentir o cheiro e entender que ali é o local de fazer as necessidades, se não ele acha que qualquer pano é o banheiro dele”, disse.
Apesar das dificuldades, como choros no meio da noite, Mariana enfatiza que o bichinho “traz uma alegria imensa”.
* Estagiária sob supervisão de Valéria Barreira.