16 de maio de 2024 Atualizado 20:48

Notícias em Americana e região

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

POPULAÇÃO

Americana teve em 2023 menor número de nascimentos no século

Foram contabilizados 2.301 nascimentos no município, número menor que os 2.398 de 2021; óbitos caem pelo segundo ano seguido

Por Gabriel Pitor

02 de maio de 2024, às 07h23

Rafaela e Tiago, de Americana, com a filha Helena - Foto: Leonardo Matos/Liberal

A cidade de Americana terminou o ano de 2023 com a menor quantidade de nascimentos no século 21, segundo dados da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) divulgados nesta segunda-feira (29). Ao todo, foram contabilizados 2.301 nascimentos no município, número menor que os 2.398 de 2021, que até então era o mais baixo desde 2001.

O recorde vai ao encontro de estudos da fundação que apontam uma tendência de queda na natalidade da RPT (Região do Polo Têxtil). Em 2022, por exemplo, a região apresentou o menor número de nascimentos no século com 10.899. Até então, essa era a única vez no período que os cinco municípios, juntos, não chegaram a 11 mil novos habitantes.

📲 Receba as notícias do LIBERAL no WhatsApp

Porém, em 2023 essa estatística negativa se repetiu, já que foram 10.987 nascimentos. Sumaré apresentou a maior natalidade com 3.310, seguida por Hortolândia (2.791), Americana (2.301), Santa Bárbara d’Oeste (1.960) e Nova Odessa (625).

No caso de Americana, a queda na natalidade começou entre 2018 e 2019, ou seja, antes da pandemia da Covid-19, e pode ser explicada pelo envelhecimento populacional e pela idade que mulheres têm decidido se tornar mães.

Show more

“A fecundidade tem caído, desde 2018, no Estado como um todo. Nos últimos anos as mães têm decido ter os filhos mais velhas e outros fatores passaram a pesar na decisão de ter um filho, como estabilidade financeira”, apontou Lúcia Mayumi Yazaki, analista de projetos da Fundação Seade.

“Olhando os dados, Americana, nos anos 2000, teve uma concentração maior de mães entre 20 e 30 anos. Já em 2023 e até um pouco antes da pandemia, a maioria das mães têm de 30 a 40 anos”, completou.

Siga o LIBERAL no Instagram e fique por dentro do noticiário de Americana e região!

Também foi apontado por Lúcia que, geralmente, cidades com maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) estão mais avançadas nesse processo de envelhecimento.

Porém, ainda há quem vê o fato de ter filhos como prioridade ou algo de grande desejo após o casamento. É o caso da pedagoga Rafaela Bastos Fusco, de 24 anos, e seu marido Tiago Fusco, de 29, de Americana, que decidiram ter a Helena, nascida em abril do ano passado.

Show more

“Nós tivemos preocupações, mas graças a Deus a gente tem uma base familiar muito boa. Isso conta muito. Os nossos pais nos ajudam bastante. E a gente queria que eles tivessem essa vivência com a Helena, que ela tivesse esse contato com os avós”, comentou Tiago.

Faça parte do Club Class, um clube de vantagens exclusivo para os assinantes. Confira nossos parceiros!

“A gente fica um pouco inseguro, né? Porque é uma novidade, a gente fica imaginando como será, mas sempre ansiosos e estamos pensando em ter mais daqui a uns dois anos”, completou Rafaela.

Mortes caem, saldo vegetativo sobe, mas não atingem números pré-pandemia

Com exceção de Nova Odessa, os demais municípios da RPT apresentaram queda na quantidade de óbitos. Ao todo, foram 6.515 mortes, menor que os 6.889 de 2022 e os 8.720 de 2021, até então o recorde no século. Porém, mesmo com redução, o índice não atingiu o patamar pré-pandemia da Covid-19, quando a média na região era de 5,3 mil.

Show more

Por sua vez, o saldo vegetativo na RPT foi positivo (4.472), sendo o maior desde 2020, embora também abaixo da média antes da pandemia que era de 7 mil.

As notícias do LIBERAL sobre Americana e região no seu e-mail, de segunda a sexta

* indica obrigatório

Publicidade