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8 de Agosto de 2019 Atualizado 13:56
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Conheça a história de Maria Flores, escritora de Nova Odessa que venceu um diagnóstico negativo e reescreveu a própria história

Graduada em letras e pedagogia, escritora teve seu primeiro infarto com pouco mais de 30 anos e, em seguida, enfrentou mais seis; agora ela celebra os 50 anos de vida

Por Jucimara Lima

07 de outubro de 2024, às 08h21

Escritora de Nova Odessa se diz curada pelo poder da escrita - Foto: Leonardo Matos_Liberal

Comemorar 50 anos pode ser encarado com alegria e gratidão ou com tristeza e frustração, depende de como cada um decide enfrentar a vida e a passagem do tempo.

Para a moradora de Nova Odessa, Maria Flores, a data celebrada em 2024 foi recebida como um momento de ressignificação. “Cheguei a pensar: nossa, estou velha. Por outro lado, pensei: para quem achou que nem iria chegar aos 50 anos, pelos laudos médicos que diziam que não chegaria, estou no lucro”, diverte-se. Maria conta que sentiu algo soprando em seu ouvido: “você não está velha. Meio século já se foi, mas ainda tem uma jornada pela frente”.

Assim, nasceu o projeto “50 anos: Cinquenta Histórias Que Inspiram”, livro lançado no início de setembro. Embora seja coautora, Maria participou de todas as etapas da publicação, desde a escolha das mulheres que compartilhariam suas histórias até as próprias histórias que seriam contadas. “Precisava ter a ver com a essência que gostaria de passar com a obra”.

Já colhendo os frutos do sucesso do livro, Maria conta que coordenar um projeto mentorando 50 mulheres de vários estados brasileiros e algumas escritoras internacionais foi um desafio que muita gente achou que ela não daria conta. “Me chamavam de louca, mas no final deu tudo certo”.

Tanto que a escritora acaba de voltar da França, onde participou de uma tarde de autógrafos, do lançamento de outro livro como coautora, e ainda recebeu o prêmio “Mulheres que Brilham”, em reconhecimento a seu espírito empreendedor. “Nunca imaginei que passaria por isso tudo. Estou vivendo o extraordinário”.

Escrever livros a levou para lançamentos na Europa – Foto: Arquivo_Pessoal

Outras histórias. Graduada em letras e pedagogia, com especialização em língua materna, Maria é uma mulher que desafia o tempo, os limites e a descrença. Nascida na Bahia, ela veio para a região aos vinte e poucos anos para estudar e, aqui, conheceu o marido, teve duas filhas e viveu os piores e melhores momentos de sua vida.

Com pouco mais de 30 anos, teve o primeiro infarto e depois enfrentou mais seis. “Cheguei a ter uma parada cardíaca de 16 segundos, que é o que os médicos chamam de morte súbita. Coloquei um marcapasso, depois tive problemas com ele, porque a bateria estava acabando. Entrei em coma quando minha filha nasceu, enfim, sou um milagre de Deus”, conta.

Viver na linha tênue entre vida e morte despertou em Maria um senso de urgência. “Como eu não sabia se ia ter outro dia, passei a considerar cada dia um presente”, reflete.

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Virada. Durante a pandemia, Maria descobriu a paixão pela escrita. “Estava pesquisando sobre o digital para poder preparar minhas aulas e acabei encontrando a mentora Elis Freitas, que falava muito sobre o quanto toda história tem o seu valor. Aí pensei: minha vida merece um livro”.

Como professora de português, a escritora conta que sempre lidou com as letras, mas que não tinha noção de como colocar o projeto em prática. Para entender, entrou em um curso cujo projeto conclusivo era entregar um e-book. “Eu escrevi, mas fiz questão do impresso também”. Assim nasceu seu primeiro livro: “Despertar da Vida”, seguido por “Urgência da Vida, “Poder da Escrita” e o livro infantil “Nova Odessa: um Novo Olhar.”

Atualmente, ela é CEO da Editora Poder da Escrita, coordenadora editorial da Flores Gasparin, além de coautora de várias publicações. “Encontrei meu propósito.”

Fundadora do Clube Literário de Nova Odessa e embaixadora do movimento “Eu sou um dos 1000”, liderado por nomes como Pablo Marçal, Tiago Rocha e Nezio Monteiro, ela ainda encontra tempo para presidir o Conselho de Mulheres Empreendedoras e Cultura (CMEC) de Nova Odessa. “A escrita me curou”, afirma.

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Saúde. Apesar de ter encontrado seu propósito, até 2022, Maria ainda sofria com problemas de saúde, que aos poucos foram melhorando, até ela começar a praticar corrida.

“Muita gente orou por mim e profetizou a cura na minha vida. Aconteceu algo sobrenatural comigo, que nem os médicos conseguem explicar”.

Atualmente, ela afirma que faz apenas exames de acompanhamento. “Tive depressão, síndrome do pânico, passei por internações em UTI, mas da última vez, prometi para Deus que, se ele me salvasse, eu viveria o melhor”, emociona-se.

Hoje, ela corre 5 km e não abre mão de se exercitar. “O esporte me traz uma energia incrível, e eu arrasto um monte de gente comigo”.

O poder da escrita. Ao longo do tempo, um dos trabalhos de Maria que mais impactaram a vida de outras escritores foi o desenvolvimento do método PDE (Poder da Escrita).

“Ensino as pessoas a transformarem suas vidas e as vidas de outras pessoas através das palavras. Também ajudo a identificar suas vozes como autores, que é algo único, que traz autenticidade, transformando experiências pessoais em histórias impactantes e inspiradoras”.

Para mais detalhes sobre esta longa jornada do despertar de Flores, vale a pena acompanhar o Instagram @eusoumariaflores. 

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