07 de setembro de 2024 Atualizado 17:33

Notícias em Americana e região

8 de Agosto de 2019 Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

investigação

Após prisão de funcionários, Coden alega que despejo era de água de chuva

Presidente da concessionária diz que delegado fez seu papel, mas fala em "perseguição política"

Por Cristiani Azanha

21 de fevereiro de 2024, às 08h14

O diretor-presidente da  Coden Ambiental (Companhia de Desenvolvimento), Elsio Boccaletto afirmou na tarde desta terça-feira (20) que o despejo realizado em um “ladrão” da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Quilombo, em Nova Odessa, era, na verdade, água de chuva, atendendo a todos os padrões ambientais, e que não existe qualquer vazamento de esgoto in natura.

Presidente da Coden, Elsio Boccaletto falou sobre denúncia nesta terça-feira (20) – Foto: Marcelo Rocha/Liberal

A afirmação ocorre um dia após as prisões do diretor técnico da Coden, Rean Gustavo Sobrinho, e da responsável técnica da estação de tratamento, a engenheira química Camila Jorge Gomes, por crime ambiental, após uma denúncia de despejo de esgoto in natura no Ribeirão Quilombo.

📲 Receba as notícias do LIBERAL no WhatsApp

Ambos foram colocados em liberdade após o pagamento de uma fiança no valor de R$ 1.420, mas já retornaram aos trabalhos.

Boccaletto disse ainda que a denúncia tem conotação política em ano de campanha. “Nova Odessa é formada por dois grandes grupos políticos”, afirma o executivo.

Siga o LIBERAL no Instagram e fique por dentro do noticiário de Americana e região!

Segundo ele,  a situação se trata de um “ladrão” – ou extravasor – instalado no final da rede coletora de esgoto, antes de os efluentes chegarem à ETE, que deixa “escapar” o excesso de volume de água em momentos de chuva forte, por exemplo.

Faça parte do Club Class, um clube de vantagens exclusivo para os assinantes. Confira nossos parceiros!

Caso a água entrasse em grande volume na ETE, o excesso poderia causar danos aos equipamentos ou às bactérias que fazem a “limpeza” do esgoto.

De acordo com o presidente da Coden, o sistema serve, por exemplo, para permitir a realização de manutenções programadas ou emergenciais na estação.

Extravasor inutilizado

A companhia não descarta a hipótese de que o extravasor tenha sido eventualmente acionado por outra razão, sem o conhecimento da Coden. A companhia decidiu inutilizar temporariamente o extravasor.

“Diante da investigação, como medida preventiva, os nossos funcionários bloquearam essa passagem”, disse Boccaletto .

A apuração da Polícia Civil está sendo conduzida pelo delegado Filipe Rodrigues de Carvalho, do 4º Distrito Policial de Americana. 

De acordo a investigação, os peritos teriam constatado efluentes não tratados “escapando” de uma tubulação.

Em nota, a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) informou que iniciou uma investigação sobre a denúncia e realizou vistoria ao local nesta terça. Nos próximos dias, deverá concluir os levantamentos, visando tomar as ações administrativas cabíveis.

Publicidade