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Campinas

Mesmo com medidas, Abrasel vê situação de bares e restaurantes da região como preocupante

Associação aponta que 91% dos estabelecimentos de "Alimentação Fora do Lar" estão sem caixa para os salários

Por Milton Paes

28 de abril de 2021, às 14h34 • Última atualização em 28 de abril de 2021, às 16h55

A Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) em Campinas e Região viu de forma positiva as medidas provisórias do governo federal que viabilizam a retomada do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego (BEM), que permite a redução de jornada e salários ou suspensão de contratos e flexibilização trabalhista assinadas nesta terça-feira (27) pelo presidente Jair Bolsonaro.

A entidade solicitou em janeiro que as medidas fossem retomadas, no entanto, com quatro meses de atraso seus impactos podem ser insuficientes para garantir empregos e manter abertos os estabelecimentos. Somente no setor de Alimentação Fora do Lar, segundo a associação, 91% dos bares e restaurantes estão sem caixa até para honrar os salários de abril e as despesas recorrentes.

Na avaliação da Abrasel, outras medidas se fazem necessárias para que os empresários se sintam confiantes em assumir mais dívidas que virão com a estabilidade dos funcionários e assumir a manutenção dos empregos por longo período, como maior flexibilização do horário de funcionamento e vendas suficientes para quitar novas despesas.

Uma pesquisa realizada pela entidade junto aos associados na região de Campinas indicou que além dos 30% dos estabelecimentos (bares) que não puderam reabrir nesta semana, 19% dos associados decidiram por manter a porta fechada na primeira semana da retomada. Para 54% dos associados, o faturamento no último final de semana foi de 10% a 40%, considerando apenas as vendas de salão.

O presidente da Abrasel em Campinas e Região, Matheus Mason, explica que outro aspecto preocupante é em relação aos acordos e empréstimos feitos no ano passado em fase final de pagamento e estabilidade.

“Muitos associados sem geração de caixa estão utilizando o que ainda sobrou para quitar os empréstimos e podem encerras as atividades nos próximos meses. As empresas do setor encontram-se com um endividamento muito alto e as vendas nesta primeira semana indicam um período de incertezas quanto à capacidade de assumir novas dívidas”, alerta Mason.

“A falta de um planejamento eficiente e inteligente que tem levado a implantações de restrições que estão matando o setor e a falta de transparência dos governos estadual e municipal, são barreiras para que os empresários assumam um novos compromissos de dívida e manutenção de empregos, sem saber se conseguirão honrá-los daqui a dois, três meses”, finaliza.

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