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Covid-19

Campinas registra queda na taxa de contaminação por Covid-19

Município chegou nesta terça a 80.767 casos da doença, com 2.360 mortes; ocupação de UTIs é de 96,81%

Por Milton Paes

30 de março de 2021, às 21h31

A taxa de transmissão do novo coronavírus (Covid-19) em Campinas apresentou uma ligeira redução e está em 0.98, ou seja, cada 100 infectados transmitem o vírus para outras 98 pessoas. Essa mesma taxa já chegou a 1.27 durante a pandemia.

O dado foi divulgado na tarde desta terça-feira (30) pela diretora do Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde), Andréa Von Zubem, durante live da Prefeitura de Campinas através das redes sociais.

Andréa Von Zubem explicou a situação dos casos de Covid-19 em Campinas – Foto: Manoel de Brito / Prefeitura de Campinas

A administração também detectou uma redução no atendimento de casos de síndrome respiratória nos centros de saúde. No último final de semana, os 14 centros de saúde que ficaram abertos atenderam 884 pessoas no sábado (27) e no domingo (28).

No final de semana dos dias 20 e 21, quando os centros foram abertos pela primeira vez, foram atendidas 2.015 pessoas. Foi verificado também uma estabilização, nos últimos cinco dias, no número de pacientes na fila de espera por internação em UTI e enfermarias.

Os índices podem indicar uma estabilização da doença e que as medidas restritivas adotadas pela prefeitura já mostram que estão dando resultado.

“É importante que as pessoas que puderem fiquem em casa, que usem máscaras e adotem o distanciamento social. Estamos em um momento crucial para fazer a inflexão da curva de contágio e, nesse feriado da Páscoa, se alguém for visitar família e amigos, ou se receber visita, que use máscara dentro de casa, faça o distanciamento quando tirar a máscara para se alimentar, porque é nesse momento que as pessoas se contaminam”, afirmou o secretário de Saúde de Campinas, Lair Zambon.

Secretario de Saúde Lair Zambon explicou a importância dos cuidados sobre distanciamento e uso de máscaras – Foto: Manoel de Brito / Prefeitura de Campinas

A diretora do Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde), Andrea Von Zuben, observou que todas as pessoas com síndromes gripais atendidas nas unidades básicas de saúde são monitoradas. “Ao longo da pandemia estamos observando que quando há muitos atendimentos nessas unidades, cerca de duas semanas depois teremos aumento de internações”, afirmou.

As medidas restritivas foram adotadas na 9ª semana epidemiológica (de 28 de fevereiro a 6 de março), quando foram atendidas nas unidades básicas de saúde 11.706 pessoas com síndromes gripais. Na atual semana, a 13ª, que ainda não se completou, foram atendidas 2.504 e projeções indicam que chegarão a 6.260 até 3 de abril. “Isso mostra que o isolamento e uso de máscara surtem efeito”, disse.

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Andrea observou também que começa a haver uma estabilização nos casos diários internados. “São menos casos novos chegando. Mas ainda temos muitas mortes, porque são pessoas que se infectaram lá atrás. O importante é não ter infecção, porque não teremos internados em UTI e nem em enfermaria”, afirmou.

Quando uma pessoa se infecta com o coronavírus, há um período de até 14 dias de incubação do vírus e então os sintomas começam a aparecer. “Quando piora, a pessoa geralmente precisa de internação entre o 6º e o 10º dias depois do início dos sintomas. Temos visto em Campinas que pessoas ficam, em média, 18 dias em UTI, quando evoluem para alta ou morrem”, afirmou. “Quem morreu hoje se infectou de 30 a 40 dias antes”, disse.

Números da Covid em Campinas

Campinas divulgou na tarde desta terça-feira que 1.160 pessoas foram contaminadas pela doença em 24h, totalizando 80.767 moradores que contraíram a doença desde o início da pandemia. Mais 45 mortes foram registradas por Covid-19, o que elevou o total para 2.360.

Os novos casos e mortes contabilizados pelo governo municipal não significam, necessariamente, que ocorreram todos no dia da divulgação, mas sim que foram registrados no sistema nesta data.

O boletim mostra que, entre as vítimas, 32 são homens e 13 são mulheres. Ao todo, 35 tinham doenças preexistentes, enquanto dez não tinham. Além disso, 34 são idosos, enquanto que 11 têm menos de 60 anos.

Ocupação dos leitos

Campinas tem nesta terça-feira 181 pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) à espera de leitos de enfermaria e de UTI no SUS municipal, sendo 110 pacientes à espera de leitos de UTI e 71 pessoas esperando por leitos de enfermaria.

Campinas conta com 439 leitos de UTI exclusivos para pacientes com Covid-19 nas redes pública e particular de saúde. Deste total, 425 estão ocupados, o que corresponde a 96,81%. Há 14 leitos livres na rede particular.

No SUS Municipal são 154 leitos e todos ocupados. No SUS Estadual são 40 leitos e todos ocupados. Na rede particular são 245 leitos, dos quais 231 estão ocupados, o que equivale a 94,29%.

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