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146 anos

Uma cidade atrativa para migrantes

Conheça histórias de moradores que vieram de fora e adotaram Americana como o município que escolheram para viver

Por Maria Eduarda Gazzetta

27 de agosto de 2021, às 08h05

Americana sempre foi conhecida por atrair migrantes de outros municípios, regiões e até mesmo outros estados brasileiros. Na década de 70, a cidade começou a ser administrada pelo prefeito Waldemar Tebaldi, que comandou a prefeitura por quatro mandatos

Principalmente em seu primeiro governo, que começou em 1977, Tebaldi foi conhecido por investir em políticas que atraíssem a instalação de indústrias na cidade, além de oferecer programas habitacionais, o que acabou trazendo muitos migrantes para o município.

Em busca de oportunidades melhores de emprego, Donizete da Silva Moraes foi um deles. Primeiro da família a vir de Jales para Americana, ele chegou por aqui no ano de 1974.

. Donizete veio de Jales e trabalhou por mais de 30 anos na Goodyear – Foto: Arquivo pessoal

Donizete trabalhava no sítio da família e decidiu vir para à cidade depois de saber que o município oferecia muita oportunidade de empregos. “Ouvia dizer que Americana era famosa na oferta de emprego, principalmente na área têxtil. Então, fui o primeiro a vir”, disse ele, hoje com 66 anos e já aposentado.

Ele conta que assim que chegou em Americana trabalhou em um depósito de construção como administrador e não demorou muito para que conseguisse um emprego na empresa multinacional Goodyear, instalada na cidade na mesma década. “Entrei na firma como ajudante geral, depois fui garçom do refeitório, estudei para ser técnico de eletrônica e continuei na empresa. Fiquei 35 anos e me aposentei”, completou.

Além da conquista do emprego, Donizete conta que foi em Americana onde se casou com Ozilda – Zilda como é conhecida – e juntos tiveram quatro filhos. O casal mora atualmente no Bairro São Manoel e, de acordo com ele, não se vê em outra cidade a não ser Americana.

Também do norte do estado, Danilo Foleto e sua família vieram de Jaborandi, uma pequena cidade ao lado de Barretos, em busca de melhoria nas finanças da família.

Com a ajuda do avô materno, que era proprietário de uma tecelagem em Americana, o pai de Danilo veio para a cidade para trabalhar na empresa e ficar próximo dos familiares.

Aos 6 anos, em 1994, Danilo chegou à Americana e logo ele, seus pais e uma de suas três irmãs, se instalaram no tradicional bairro da cidade, Jardim São Paulo.

Se por um lado o avô materno de Danilo, Manor Santon tinha tecelagem, o avô paterno, Paschoal José Foleto, tinha um armazém em ponto tradicional da cidade, no Mercadão Municipal de Americana, entre os anos de 1961 e 1969, chamado de “Banca do Paschoal”.

Com muitas lembranças, principalmente da época em que estudou na Escola Estadual Monsenhor Maggi e em um colégio particular do município, hoje aos 33 anos, o representante de vendas permaneceu em Americana e constituiu sua própria família. “Sou casado há 10 anos e fiz minha vida aqui. A cidade é muito tranquila e realmente, é muito bom viver nessa cidade”, concluiu Danilo.

Além de migrantes das cidades do Estado de São Paulo, Americana também recebeu pessoas de outros estados do país, como é o caso de Solimar Barbosa Ortiz, que veio da pequena cidade Nova Olímpia, no interior do Paraná. Solimar ouviu sobre o município quando ciganos que vendiam roupas passaram pela sua cidade e disseram que as peças eram fabricadas em Americana.

“Me falaram que era uma cidade muito boa para trabalho e eu e mais dois primos viemos para cá. Depois de instalado, trouxe meus pais e minhas irmãs”, disse.

Assim que chegaram na cidade em 1996, Solimar contou que eles e os primos não descansaram da viagem, ficaram hospedados na casa de amigos do Paraná e já foram procurar trabalho.

Aos 25 anos e com três dias na nova cidade, Solimar conquistou uma vaga de emprego em uma empresa de aquecedor solar, que pertencia a um dos amigos paranaenses, onde se aposentou como encarregado de produção. No ano seguinte, em 1997, Solimar trouxe os pais e três irmãs que moravam em um sítio no Paraná para virem morar em Americana e terem qualidade de vida, além de melhores condições financeiras.

Com quase três anos em Americana, no ano de 1998, Solimar comprou um terreno no Parque Gramado, bairro onde mora até hoje com sua esposa e dois filhos, um de 23 anos e outro de 15.

Solimar, hoje com 50 anos, adotou Americana, bem como o bairro que escolheu para morar.

Oportunidades

Americana também é conhecida por ter um comércio forte e influente entre as cidades da região e até os dias atuais, continua atraindo moradores para a cidade. Ronaldo Pazin veio para a cidade em 2004 e quando chegou, logo pensou “é aqui que vou ganhar dinheiro”. Há cinco anos é proprietário de uma loja de produtos de limpeza.

. Ronaldo se estabeleceu em Americana e abriu sua empresa – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

Ronaldo nasceu em Santo André, mas logo quando completou um ano, mudou com a família para Minas Gerais. Em 1989, foi para Mirassol e em 2004 se mudou para São José do Rio Preto. Desta última, foi transferido pela empresa e veio para Americana. Em 2006, se mudou para a cidade e trabalhava como representante comercial de produtos de limpeza.

Depois de dez anos, já devidamente instalado na cidade, Ronaldo abriu seu próprio negócio. O empreendedor de 42 anos, montou sua loja no Bairro Campo Limpo e só olha com bons olhos se tornar um empresário. “Desde quando me mudei e vendia aqui, sempre tive a impressão que a cidade era muito boa. Sabemos que Americana tem um comércio bom e todo mundo vem para cá”, disse.

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