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LEGISLATIVO

Sob protestos, Câmara de Americana aprova moção de apoio ao PL antiaborto

Discussão dividiu público entre favoráveis e contrários; manifestante chegou a ser retirada a pedido de Brochi

Por Gabriel Pitor

26 de junho de 2024, às 08h07 • Última atualização em 26 de junho de 2024, às 08h35

Em sessão marcada por protestos, a Câmara de Americana aprovou nesta terça-feira (25) uma moção de apoio ao projeto de lei, que será discutido pela Câmara dos Deputados no segundo semestre deste ano que prevê punir com uma pena equiparada à de homicídio simples uma mulher que faça um aborto após a 22ª semana de gestação, independentemente da ocasião.

Ao todo, 12 vereadores votaram favoravelmente, dois foram contrários e ainda foram contabilizadas duas abstenções e duas ausências.

Sessão teve protestos e uma manifestantes foi colocada para fora do plenário – Foto: Divulgação

A discussão sobre a propositura, de autoria de Silvio Dourado (PL), dividiu o público no plenário entre favoráveis e contrários. No caso do grupo contrário, até mesmo crianças estavam segurando cartazes.

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Por diversas vezes, o presidente da Casa, Thiago Brochi (PL), teve de chamar a atenção dos presentes por atrapalhar as falas dos parlamentares. A sessão chegou a ser suspensa para que a advogada Awdrey Frederico Kokol, de 38 anos, que era contrária à moção, fosse retirada pela Gama (Guarda Municipal de Americana).

“O Silvio começou a mostrar um vídeo sobre aborto, comecei a gritar. O Thiago me pediu para parar três vezes, não parei. As pessoas tentaram falar para o Thiago que eu ficaria quieta, mas não adiantou. Ele lidou muito mal, era uma discussão democrática”, disse Awdrey.

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Ao LIBERAL, Brochi disse que sabia que a advogada “viria para a sessão para tumultuar” e destacou que o presidente do Legislativo tem essa prerrogativa. “Ela não respeitou os vereadores e decidi para o bom andamento da sessão”, afirmou.

Durante o debate, Dourado endossou a intenção do projeto de lei que, segundo ele, é salvar “a vida da criança” ao invés de “assassiná-la”. “A gente quer tornar esse procedimento criminoso, porque é um crime”, ponderou.

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Por sua vez, a principal opositora, a vereadora Professora Juliana (PT), afirmou que o projeto é um retrocesso e que falta empatia às pessoas, já que o aborto, atualmente, é previsto para casos de estupro ou quando o feto tem anencefalia ou coloca a gestante em risco. “É um nojo querer que uma criança estuprada leve uma gestação até o fim”, disse.

Entre os contrários, além de Juliana, esteve Fernando da Farmácia (PSD), da base do prefeito Chico Sardelli (PL) – a maioria votou a favor. Ao LIBERAL, Fernando disse que acredita que a atual legislação sobre o aborto é adequada.

Veja como foi a votação da moção a favor do PL antiaborto

Vereadores que votaram a favor da moção*Wagner Rovina (PL), Gualter Amado (PDT), Leco Soares (Podemos), Léo da Padaria (PL), Leonora Périco (PL), Lucas Leoncine (PSD), Luiz da Rodaben (PRD), Marcos Caetano (PL), Marschelo Meche (DC), Nathália Camargo (PP), Pastor Miguel Pires (PRD) e Silvio Dourado (PL)
Vereadores que votaram contra a moção*Fernando da Farmácia (PSD) e Professora Juliana (PT)
Vereadores que se abstiveram*Dr. Daniel (PP) e Vagner Malheiros (Novo)
Vereadores ausentes da votação*Juninho Dias (PSD) e Thiago Martins (PL)
*O presidente, Thiago Brochi (PL), não vota.

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