A redução da taxa básica de juros (Selic) em meio ponto percentual, de 13,25% para 12,75%, anunciada na noite da última quarta-feira (20) pelo BC (Banco Central), deve estimular o financiamento de imóveis. 

Essa é a 2ª queda consecutiva dos juros e coloca a Selic em seu menor patamar desde maio de 2022.

José Augusto Viana Neto, presidente do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) regional, afirma que, mesmo que a queda tenha sido relativamente pequena, ela tem um efeito significativo nas taxas de juros de financiamento imobiliário.

“Para muitas famílias, a diminuição da Selic torna possível a compra de imóveis que anteriormente estavam fora de alcance devido às restrições de renda. Essa mudança é vista como altamente positiva para o mercado imobiliário, criando um cenário mais favorável para compradores em potencial.”

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Ele também observa que, embora os bancos devam seguir a redução da Selic, as agências podem se sentir mais confiantes em praticar taxas de juros mais baixas, o que aumenta a segurança dos financiamentos.

A perspectiva de taxas de juros em queda contínua nos próximos meses cria um ambiente mais estável para a liberação de crédito, destaca.

Além disso, Viana Neto menciona a expansão do programa Minha Casa Minha Vida para imóveis usados, com taxas de juros mais baixas, como outro fator que impulsiona o mercado.

Ele acredita que isso ampliará as condições de compra para um público mais amplo.

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Segundo a diretora administrativa da Arbix Imóveis, Milena Arbix, com a queda da Selic os financiamentos se tornam mais acessíveis, o que gera mais oportunidades de negócios.

No entanto, ela ressalta a importância de manter essa tendência de queda para que haja um impacto efetivo nos contratos a curto e médio prazo, que só então será sentido pelos consumidores.

“Essa redução da taxa de juros favorece, estimula e gera entusiasmo no mercado, que estava aguardando ansiosamente essa queda há anos.”

Redução mais significativa

Proprietária da Lumes Gestão Imobiliária, Kelly Curciol Ferreira acredita que, apesar das mudanças positivas, os juros ainda estão em níveis elevados e será necessária uma redução mais significativa para impulsionar o mercado.

“Com prestações mais suaves e condições de financiamento mais atraentes, a expectativa é que esse cenário continue a evoluir à medida que a Selic continue a cair nos próximos meses”, completa.