Saúde
Prefeitura de Americana investiga médico por ‘bater ponto’ em UBS e atender em rede particular
Denúncia foi feita pelo vereador Gualter Amado, na manhã desta segunda-feira; Secretaria de Saúde abriu sindicância para apurar o caso
Por Ana Carolina Leal
05 de julho de 2021, às 16h21 • Última atualização em 05 de julho de 2021, às 16h55
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/americana/prefeitura-de-americana-investiga-medico-por-bater-ponto-em-ubs-e-atender-em-rede-particular-1556925/
A Secretaria de Saúde de Americana abriu sindicância para investigar denúncia feita pelo vereador Gualter Amado (Republicanos) de que o médico ginecologista Aladim de Paula Freitas Júnior, que atende na UBS (Unidade Básica de Saúde) do Jardim São Paulo, estaria fraudando o relógio de ponto. A pasta analisa ainda uma suspensão preventiva do profissional.
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O parlamentar esteve na manhã desta segunda-feira (5) na UBS e flagrou o médico chegando na unidade por volta das 6h50. De acordo com o vereador, o ginecologista entra, bate o ponto e logo em seguida deixa a UBS. Gualter seguiu o carro do profissional e o viu entrando no Hospital Unimed.
Às 7h30, já de volta na unidade de saúde, o parlamentar acompanha a abertura do posto e questiona pela presença do médico. Nos vídeos gravados pelo vereador, é possível ouvir uma paciente perguntando do médico, uma vez que teria consulta marcada com ele.
Ao parlamentar, uma enfermeira pede que ele procure pela Secretaria de Saúde para informações sobre a agenda do profissional. A pasta pediu a abertura urgente de uma sindicância e a análise de suspensão preventiva. Diz ainda que, desde o início da atual gestão, foi enviado um comunicado a todos os postos da rede básica de saúde municipal, uniformizando o horário de abertura e de fechamento e que, assim, nenhum colaborador pode registrar seu ponto antes do horário.
O documento que pede a abertura de sindicância, assinado pelo secretário de Saúde, Danilo Carvalho de Oliveira, afirma que a denúncia fere o princípio da dignidade na prestação do serviço público e aponta condutas proibidas, considerando de extrema necessidade apurar os fatos narrados.
A Unimed disse que o médico integra o quadro de profissionais da instituição, mas afirmou que não vai se manifestar sobre o ocorrido. O LIBERAL tentou contato com o ginecologista por meio do número do consultório particular, deixou mensagem no Whatsapp, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.