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Nossa Senhora das Dores

Nossa Senhora das Dores, um símbolo de esperança e solidariedade

Para os devotos, celebrar Nossa Senhora das Dores é relembrar as sete dores de Maria

Por Ana Carolina Leal

06 de setembro de 2024, às 11h30 • Última atualização em 06 de setembro de 2024, às 16h24

Manoá Xavier é o padre da Comunidade Nossa Senhora das Dores - Foto: Leonardo Matos_Libeal

A devoção a Nossa Senhora das Dores, também conhecida como Mãe Dolorosa, é uma das expressões mais significativas da fé católica. Padre da Comunidade Nossa Senhora das Dores, em Americana, Manoá Xavier destaca a importância de celebrar Nossa Senhora. “O título de Nossa Senhora das Dores está intimamente ligado à Paixão de Cristo, especialmente à cena da crucificação, onde Maria, aos pés da cruz, viveu sua dor mais intensa”, diz. De acordo com ele, a devoção a Nossa Senhora das Dores teve início na Alemanha, em 1221, mas foi em Florença, na Itália, em 1239, que a festa como é conhecida hoje começou a ser celebrada, sendo marcada no calendário litúrgico em 15 de setembro.

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A devoção a Nossa Senhora das Dores é centrada nas sete dores que Maria Santíssima enfrentou durante sua vida na Terra. Essas dores são contempladas pela Igreja e pelos fiéis como um caminho de união com o sofrimento redentor de Cristo.

“Celebrar Nossa Senhora das Dores não é apenas relembrar as tristezas de Maria, mas também compreender a importância do sofrimento em nosso caminho de fé”, compartilha o padre.

O pároco destaca que essa devoção nos ensina que, assim como Maria, somos chamados a abraçar as nossas próprias dores, com a certeza de que elas podem nos conduzir à salvação.

A setena, ou seja, a celebração das sete dores, é um momento de profunda meditação e oração, onde os fiéis são convidados a vivenciar cada uma dessas dores de Maria, reconhecendo nelas a presença de Cristo.

Leia mais sobre a Festa da Padroeira

“Nossa Senhora das Dores, com seu coração transpassado por sete espadas, é um símbolo da solidariedade de Deus com as dores humanas. Celebrar sua festa é reafirmar a esperança e a fé, mesmo em meio às adversidades, sabendo que, ao final, a cruz se transforma em ressurreição”.

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Quase meio século de devoção

Americana A Comunidade Nossa Senhora das Dores celebra desde 1978 a Festa da Padroeira. A história da comunidade teve início quando a missionária Irmã Amélia Fernandes, mais conhecida como Irmã Amelinha, trouxe uma imagem peregrina da Virgem Senhora das Dores para a região.

Essa pequena imagem tornou-se símbolo da fé e união das famílias locais, que, semanalmente, se reuniam em suas casas para rezar o santo terço.

Segundo o seminarista Jovanir Gonçalves da Cruz Junior, de 37 anos, natural da comunidade, em 1978, os moradores organizaram uma ação solidária para arrecadar fundos, permitindo a realização da primeira quermesse em louvor à padroeira em setembro daquele ano. Desde então, a tradição se fortaleceu, e neste ano será realizada a 46ª edição da festa.

“Mais que um evento, é um encontro de famílias, momento de celebrar e agradecer a Deus e às intercessões da Virgem Maria, por tantas graças vividas”, afirma Jovanir.

O seminarista explica que celebrar o padroeiro de uma comunidade católica é uma oportunidade de meditar sobre a vida do santo, aproximando-se mais de Deus.

E quando essa celebração é dedicada à Virgem Maria, a devoção assume um significado especial, onde os fiéis pedem a intercessão materna de Nossa Senhora em suas vidas.

Os festejos marianos, como os realizados pela Comunidade Nossa Senhora das Dores, são uma das maiores expressões de fé popular. Maria é vista como advogada, aproximando os fiéis do coração misericordioso de Deus e incentivando-os a seguir os ensinamentos de Seu Filho.

Além do sentido religioso, a festividade também carrega um importante aspecto social.

“As quermesses são momentos de encontro, partilha e celebração da vida em comunidade, como uma grande família”, destaca Jovanir.

PROCISSÃO. A comunidade celebra sua padroeira no dia 15 de setembro, com uma tradicional procissão pelas ruas do bairro. Em preparação para este grande dia, é realizada a setena, uma sequência de sete dias de missas, de 8 a 14 de setembro, dedicadas à meditação das sete dores de Maria. A.C.L. 

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Testemunho de fé

Entendi que fui escolhida para ser forte e fortalecer os outros ao meu redor diz Tânia Tereza – Foto: Leonardo Matos_Liberal

No dia 20 de agosto de 2023, recebi o diagnóstico de câncer de mama, um momento que temi, mas também um ponto de virada planejado por Deus em minha vida. Durante essa jornada, pessoas especiais me deram força e me ajudaram a manter minha autoestima, mesmo quando eu não me reconhecia mais. Aprendi que minha batalha não é sobre a perda do cabelo ou os efeitos colaterais do tratamento, mas sim sobre manter Deus no centro de tudo. Convido todos a fortalecerem sua fé, independente do tamanho dela, deixando Deus guiar suas vidas. Perguntei a Deus: “Por que eu?” E Ele respondeu: “E por que não eu?” Entendi que fui escolhida para ser forte e fortalecer os outros ao meu redor. Agradeço a Deus e a Maria Santíssima por suas intercessões. Sou feliz demais para reclamar. Em 24 de outubro de 2023, passei por uma cirurgia. A anestesia me levou a um sono profundo e quando acordei entendi que Deus é realmente o dono de nossas vidas. A morte é a única certeza, mas a vida deve ser vivida com amor e gratidão. Não podemos deixar que os problemas roubem nossa paz. Em 21 de abril de 2024, recebi uma rosa das mãos do Padre Manoá e soube que o milagre estava a caminho. Em 23 de abril, meu exame oncológico deu negativo, e não precisarei de cirurgia preventiva. Para aqueles que estão saudáveis, meu conselho é: agradeçam pelo mínimo. Valorizem as pequenas coisas e mantenham sua alma, gratidão e amor a Deus no centro de suas vidas. Sou rica de paz, alegria, amor e fé, coisas que dinheiro nenhum pode comprar. Deus e Maria Santíssima nunca nos abandonarão. Que sejamos luz onde quer que passemos, e em tudo, dai graças.

Tânia Tereza Bigoto Melim, 40 anos, auxiliar administrativo

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