Os moradores da favela do Zincão, no Parque da Liberdade, em Americana, se uniram para reerguer os cinco barracos de madeira que foram destruídos após um incêndio na manhã deste domingo (20).

O LIBERAL acompanhou parte dos trabalhos nesta segunda-feira (21), com a limpeza dos materiais queimados e a afixação de novas placas para levantar as residências.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil, João Miletta, ainda não se sabe o que causou o fogo, mas ele afirmou que o estrago poderia ter sido maior caso o tempo não estivesse chuvoso.

As chamas foram controladas pelo Corpo de Bombeiros e ninguém se feriu.

O pedreiro Gustavo dos Santos, de 33 anos, morava em um dos barracos atingidos junto com a esposa e os filhos.

Segundo ele, a família perdeu todos os móveis e as roupas, mas ele tem recebido ajuda de parentes para se recuperar.

“Está com um tempo de chuva, então a gente já começou a fazer as coisas para ter onde ficar”, relatou.

Siga o LIBERAL no Instagram e fique por dentro do noticiário de Americana e região!

Já a dona de casa Larissa de Souza Oliveira, 20, perdeu todos os objetos, móveis e vestuários de seu bebê.

Preocupada com a situação dos moradores afetados, ela tem procurado por doações junto com a prima Daniele Batista dos Santos, de 24 anos.

“A gente precisa pelo menos de um fogão, uma televisão, nem que seja aquelas antigas e de roupas”, disse Larissa.

Os telefones para quem deseja doar são: (19) 98206-4818 e (19) 98831-1316.

Fios

A vizinha Rosimary Camargo, 63, mostrou alguns fios desencapados que levam energia para os barracos e que, segundo ela, podem ser uma das causas do incêndio. A aposentada ainda cobrou a prefeitura para construir “casas para tirar a gente” do Zincão.

Faça parte do Club Class, um clube de vantagens exclusivo para os assinantes. Confira nossos parceiros!

À reportagem, Miletta afirmou que serão feitas doações de cestas básicas e de um fogão até a manhã desta terça (22).

O coordenador da Defesa Civil também informou que nenhuma pessoa aceitou o acolhimento emergencial, já que todas conseguiram abrigo com familiares e amigos.

Por sua vez, a Prefeitura de Americana disse que os afetados foram encaminhados ao Cras (Centro de Referência de Assistência Social) “para retirada de novas vias de documentos, entrega de cestas de alimentos e roupas, dentre outros.”

Quanto a um plano para retirar os moradores favela, a administração disse que foi firmado, em dezembro de 2022, um convênio com a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo).

No momento, o processo encontra-se em fase de aprovação do terreno.