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Caso Mônica

Ministério Público denuncia gerente de posto por feminicídio em Americana

Documento será analisado pelo juiz Wendell Lopes Barbosa de Souza que vai decidir se o réu será encaminhado à júri popular

Por Cristiani Azanha

10 de outubro de 2024, às 08h05

Corpo de Mônica Matias de Paula, de 33 anos, foi encontrado no limite entre Americana e Limeira - Foto: Polícia Militar e Reprodução/Redes sociais

O MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) denunciou, nesta segunda-feira (7), o gerente de posto Hélio Leonardo Neto, de 47 anos, por feminicídio com meio cruel, motivo fútil, recurso que dificultou a defesa da vítima e ocultação de cadáver, em Americana. O documento será analisado pelo juiz Wendell Lopes Barbosa de Souza que vai decidir se o réu será encaminhado a júri popular.

O réu, que está preso na Penitenciária de Guareí, responde pelo assassinato de Mônica Matias de Paula, 33. O crime ocorreu em março desse ano. A defesa foi procurada novamente pelo LIBERAL, mas preferiu não se manifestar.

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Apesar de o acusado ter relatado à polícia que apenas fez programas sexuais com a vítima, o promotor Vanderlei César Honorato entendeu que o acusado mantinha um relacionamento amoroso, e eles não se encontravam somente para práticas sexuais, mas trocavam mensagens de cunho afetuoso.

“Foi parte determinante da decisão do denunciado de matar a vítima o fato dela pretender revelar o relacionamento que mantinham para a esposa dele”, cita o promotor na denúncia.

Em outro trecho do documento, Honorato enfatiza que o réu usou de dissimulação para atrair a vítima para a morte. E no momento de iniciar a execução do crime agiu de forma surpreendente, não permitindo à mulher qualquer chance de defesa.

Segundo o promotor, Mônica estava no interior do veículo do denunciado e acreditando que se dirigiam a um local para manterem relação sexual, e de acordo com a própria descrição que ele teria feito à polícia, Hélio causou sofrimento à Mônica, pois a matou lentamente usando suas próprias mãos.

“Durante essa agonia a vítima apenas teve força para implorar por sua vida, o que foi cruelmente ignorado pelo denunciado”, descreve Honorato.

Condenação

O réu já foi condenado a três anos e nove meses de reclusão, em regime inicial aberto, por posse e porte ilegal de um arsenal.

Na casa onde ele vivia, na região da Praia dos Namorados, os investigadores localizaram 80 armas de fogo e mais de 16 mil munições. O gerente foi preso dias depois da localização do corpo da vítima, em uma vegetação no limite entre Limeira e Americana.

A apuração sobre o assassinato de Mônica e a apreensão das armas foram coordenadas pelo delegado Filipe Rodrigues de Carvalho, da DIG (Delegacia de Investigações Gerais).

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No relatório final apresentado na semana passada ao MP, o delegado já tinha destacado que o gerente também confessou uma série de golpes contra a cabeça da vítima, “causando-lhe sofrimento demasiado que culminou em sua morte; a dissimulação, presente na premeditação mencionada por Hélio, o qual planejava o ato e tentava, por diversas oportunidades, se encontrar com a vítima, alegando que teria mais uma relação amorosa”, explicou o delegado em trecho do relatório.

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