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Covid-19

Leitos exclusivos para coronavírus mais que dobram em Americana

Número de leitos na rede municipal e privada de Americana saltou de 27 para 58

Por George Aravanis

06 de agosto de 2020, às 08h21 • Última atualização em 06 de agosto de 2020, às 09h09

O número de leitos exclusivos para pacientes com o novo coronavírus (Covid-19) ou sintomas da doença mais que dobrou em Americana desde o avanço da pandemia que já matou 88 pessoas no município e infectou 2.526.

A cidade tinha 27 leitos destinados ao atendimento dessas pessoas no dia 1º de abril, e, agora, contabiliza 58, entre a rede municipal e privada – a alta é de 114,8%. Os números são da prefeitura. A taxa de ocupação dos leitos com respirador não alcança os 70% desde o dia 27 de julho.

Hospital Municipal de Americana aumentou leitos exclusivos de Covid-19 de dez para 17 – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

Para o infectologista do HM (Hospital Municipal) Arnaldo Gouveia Junior, membro do Comitê de Crise de combate à Covid-19, o pico da doença já passou, levando em conta as internações e os atendimentos de pacientes com problemas respiratórios, que apresentam queda desde a semana passada.

“A tendência agora é, devagarzinho, ir esvaziando essas unidades, porque nós já estamos na fase de deflexão da curva [de contágio]”, afirmou o médico. Em 15 de julho, por exemplo, a taxa de ocupação dos leitos de UTI chegou a 88%.

Apesar de Americana ter agora uma situação mais confortável no setor de internação, o número de mortes nos primeiros quatro dias desta semana já supera a quantidade registrada nos sete dias da semana passada.

De domingo até ontem, a cidade contabilizou nove óbitos, ante oito da semana anterior. Porém, mesmo os dados da semana passada ainda podem mudar, já que é comum a prefeitura confirmar em um dia mortes ocorridas em semanas anteriores.

Até agora, o pico de óbitos ocorreu na semana de 28 de junho a 4 de julho, com 14 vítimas.

Divisão
Entre abril e agosto, os hospitais particulares da cidade ampliaram a oferta de 27 para 41 leitos exclusivos para atendimento à Covid-19, e o HM (Hospital Municipal) Dr. Waldemar Tebaldi, de dez para 17.

Todas essas unidades são equipadas com respiradores mecânicos, item considerado fundamental no atendimento a pacientes com a doença, que compromete os pulmões em quase todos os casos graves, segundo a prefeitura.

As 58 vagas exclusivas para atender pessoas com sintoma da Covid-19 representam 67,4% do total de 86 leitos da cidade . Em abril, esse percentual era de 42,8% (27 de 63).

Segundo o infectologista Arnaldo Gouveia Junior, Americana não teve problema de falta de vagas. O que houve, em alguns momentos, foi falta de profissionais ao lado do leito. De acordo com ele, isso foi resolvido com a troca da empresa que fornece médicos para o HM, no último dia 20 de julho.

Podcast Além da Capa
Entre tantos anúncios aguardados com ansiedade em relação à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a apresentação de uma vacina eficaz e produzida em larga escala, com capacidade de imunização de toda a população, seria o equivalente a um trending topic unânime ao redor do globo. O episódio do “Além da Capa” dessa semana atualiza o panorama local em relação à espera pelo imunizante.

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