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Americana

Internações pela Covid-19 recuam em Americana, mas cenário é de cautela

Fontes ouvidas pelo LIBERAL destacam os efeitos da vacinação e fazem alerta para necessidade de cuidados com variante

Por Marina Zanaki

25 de julho de 2021, às 08h33

As internações relacionadas à Covid-19 nos quatro hospitais de Americana da rede pública e particular caíram e retornaram ao patamar anterior à segunda onda, o período mais grave da pandemia.

Nesta sexta-feira, o boletim divulgado pela prefeitura indicava 104 pacientes internados. Na quinta, o total de pacientes chegou a 98. Esse volume de internados não ficava abaixo de 100 desde o dia 8 de março, pouco antes da subida que antecedeu o pico da nova onda.

Os números também representam metade da ocupação durante os dias de maior sobrecarga nos hospitais, que chegaram a contabilizar 218 internados em junho.

Médica da linha de frente na rede particular, Ártemis Kílaris relacionou a redução ao avanço da vacinação que tem ocorrido na região.

“Já estão sendo vacinadas as pessoas mais jovens, que são basicamente o público que saía mais de casa. É a única coisa que dá para interligar com essa queda”, comentou a médica, que deu um recado.

“Que tomem a segunda dose. Uma dose só, dependendo da vacina, não vai fazer efeito”, orientou Ártemis.

Americana já aplicou mais de 190 mil doses de vacina contra a Covid-19 – Foto: Prefeitura de Americana – Divulgação

No Hospital Unimed, por exemplo, o total de internados em um único dia ultrapassou 70 no mês passado. Nesta sexta-feira, eram 22. A cooperativa concorda que o avanço da vacinação nas últimas semanas é a explicação para a redução nos casos graves, mas faz ressalva ao cenário.

“A Unimed deixa o alerta à população, pois a pandemia no nosso País ainda se encontra em um quadro crítico, especialmente com a propagação da variante Delta e as pessoas que não completaram o esquema vacinal”, comentou, por nota, o hospital particular.

Infectados

A notificação de novos casos positivos em Americana também apresenta tendência de redução. Se em julho eles ultrapassaram os 4 mil, um recorde, em julho até essa sexta-feira eram pouco mais de 2 mil.

A Vigilância Epidemiológica de Americana destacou a ampla cobertura vacinal e também a cepa que está em prevalência na região – a variante Gama, identificada em Manaus (AM), conhecida como P1.

O órgão municipal afirmou que a variante Delta, originária da Índia e que tem provocado aumento de casos mesmo em países com alto índice de vacinação, não foi identificada em Americana.

“Portanto, apesar da queda, ainda é muito cedo para relaxar com as medidas de prevenção. A pandemia ainda está acontecendo e não sabemos ainda como irá se comportar nos próximos meses”, avaliou a Vigilância Epidemiológica.

O setor entende que haverá um certo “alívio” na rede de saúde local, algo semelhante ao cenário de 2020, entre agosto e dezembro, quando houve uma queda acentuada na quantidade de casos e óbitos no município e no País.

Por outro lado, o que se viu com a circulação da variante Gama, que fez aumentar rapidamente as infecções, internações e óbitos nos últimos meses, leva a Vigilância a também fazer ressalvas ao cenário mais positivo.

“Mesmo com tendência de queda, é preciso muita cautela, pois o comportamento do novo coronavírus já se mostrou bastante instável em razão das mutações, o que ainda podem causar alguns picos epidêmicos”, afirmou o órgão do município.

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