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Quarentena

Índice de isolamento volta a cair e Americana tem nova pior taxa na quarentena

Na terça-feira, índice na cidade ficou nos 39%; município acumula 58 óbitos

Por George Aravanis

23 de julho de 2020, às 08h38 • Última atualização em 23 de março de 2021, às 11h42

Um dia depois de bater o pior índice de isolamento social desde o início da quarentena, Americana viu novamente a taxa cair e registrou na última terça-feira o menor índice de isolamento social do período: 39%.

Na segunda, o índice de distanciamento tinha ficado em 40% – o menor até então. Nesse mesmo dia, a cidade bateu o recorde de mortes por Covid-19 confirmadas em um período de 24 horas (sete). O município acumula 58 óbitos, o último deles ocorrido ontem, e 1.582 casos confirmados. Só nesta quarta, foram 114.

Santa Bárbara d’Oeste também bateu o recorde negativo de isolamento na terça, quando o índice ficou em 38%. Hortolândia repetiu seu pior índice (39%), o mesmo de um dia antes. Sumaré ficou nos 40%. O Estado repetiu seu pior desempenho (43%), o mesmo do dia anterior.

O infectologista Arnaldo Gouveia Junior, que integra o Comitê de Crise de combate à Covid-19 em Americana, diz que o número é preocupante. Dentro de aproximadamente 20 dias será possível observar se haverá reflexo disso em mortes, afirma – o que leva em conta o tempo de os sintomas aparecerem, a pessoa ser internada e melhorar ou não.

Apesar da alta, Gouveia Jr. afirma que já era esperado um relaxamento por parte da população, em razão de uma “saturação” com a quarentena, que completa quatro meses amanhã.

Vinte e cinco das 58 mortes em Americana foram registradas em julho (43,1% do total). Mas o infectologista diz que a expectativa é que os números passem a cair ou se estabilizem nas próximas semanas, após o movimento de alta observado nas últimas.

A ocupação de leitos de Covid-19 com respiradores em Americana é de 63%. A RPT (Região do Polo Têxtil) acumula 287 mortes. A Prefeitura de Americana informou que fiscaliza diariamente a cidade e checa denúncias para evitar aglomerações e abertura de comércios não essenciais.

A quarentena começou no dia 24 de março com o objetivo de evitar que as pessoas circulem e que o coronavírus se espalhe. O distanciamento social é defendido por autoridades de todo o mundo como uma das poucas formas eficazes de conter a disseminação atual da doença.

A restrição foi relaxada em Americana no dia 1º de junho, quando o comércio de rua pode reabrir. Naquele dia, por exemplo, 44% das pessoas ficaram em casa, cinco pontos percentuais a mais do que o verificado nesta terça, com o comércio já fechado – a região regrediu à fase vermelha da quarentena, a mais restritiva, no começo de julho.

O governo do Estado mede o isolamento com base na movimentação dos celulares da população.

Podcast Além da Capa
Nem mesmo a regressão de Americana e região para a fase vermelha do Plano São Paulo é capaz de resolver o problema da lotação de ônibus do transporte público em horários de pico. A teoria de que menos gente estaria em circulação não se confirma na prática. Nesse episódio, o editor Bruno Moreira conversa com o repórter Leonardo Oliveira e apresenta reflexos regionais desse assunto.

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