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Americana

Funcionários dos Correios farão passeata nesta quinta

Em greve, funcionários protestam contra retirada de benefícios trabalhistas e a privatização da estatal

Por Leonardo Oliveira

02 de setembro de 2020, às 14h17 • Última atualização em 02 de setembro de 2020, às 21h32

O Sintectcas (Sindicato dos Trabalhadores em Correios de Campinas e Região) marcou para às 9 horas desta quinta-feira (3) uma passeata em Americana para reforçar a greve da categoria e informar a população sobre os motivos da paralisação.

A informação é do diretor do sindicato, José Ivaldo da Silva. Ele espera que cerca de 120 funcionários das agências de Americana e Santa Bárbara d’Oeste participem do encontro. Os trabalhadores dos Correios estão em greve desde o dia 18 de agosto.

A passeata começara às 9h, em frente a sede do Jornal O Liberal (Rua Tamoio, 875) e irá percorrer um caminho por outros veículos de imprensa da cidade. Folhetos serão entregues para a população indicando porque houve a paralisação.

“A gente queria pedir apoio da população. Muitas vezes ela fica contra as greves dos Correios, [acha] que tem que privatizar mesmo. A gente salienta que no Brasil tem mais de 5 mil cidades que são servidas pelos Correios. Para a população mais distante, se privatizar, ela ficar mais descoberta”, disse ao LIBERAL.

Um dos motivos da greve, segundo a categoria, é uma proposta feita pelos Correios de exclusão de 70 das 79 cláusulas do acordo coletivo que, até então, tinha validade até 2021.

No entanto, o documento foi anulado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no último dia 21. Entre os direitos retirados, estão vale-alimentação, 30% do adicional de risco e licença-maternidade de 180 dias.

“Nós ficamos sem acordo coletivo e a empresa fazendo isso de caso pensado, retirando nossos direitos. Chega a ser a 43% da nossa remuneração. A gente tá perdendo muito, coisas que nós conseguimos em 35 anos de negociação”, afirmou José Ivaldo.

O diretor disse não saber quantos funcionários de Americana e Santa Bárbara d’Oeste cruzaram os braços, mas projeta que seja a “maioria” dos trabalhadores. As agências seguem abertas, com número reduzido de empregados.

Outro lado
Em nota, os Correios afirmaram que aguardam o julgamento do Dissídio de Greve pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho) para dar fim ao que chama de “impasse que tanto prejudica toda a população brasileira”.

“Vale ressaltar que a empresa tem preservado empregos, salários e todos os direitos previstos na CLT, bem como outros benefícios do seu efetivo”, diz ainda, outro trecho da nota.

“O órgão diz que a adesão ao movimento é baixa e que, no último fim de semana, os Correios realizaram mutirões para entregar encomendas e cartas em todo o país”, afirmou.

A empresa ainda informou que os serviços como SEDEX e PAC continuam disponíveis, exceção feita às postagens com hora marcada, que estão temporariamente suspensas desde o início da pandemia.

“Em função de decretos municipais e estaduais, ou devido aos protocolos preventivos adotados pelos Correios em relação à pandemia – como sanitização de ambientes -, algumas unidades de atendimento poderão sofrer alterações em seu funcionamento”, pontuou.

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