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Americana

Família denuncia erro em aplicação de medicação a idosa que morreu no HM

Secretaria de Saúde diz que vai notificar a Santa Casa de Chavantes para que apure a denúncia e tome as providências cabíveis

Por Ana Carolina Leal

05 de setembro de 2023, às 07h57

A família de uma idosa de 101 anos que morreu no último dia 31 de agosto, no Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, em Americana, diz que houve negligência em um procedimento médico realizado em Jovita Antonia de Souza.

Família disse que houve negligência por parte da equipe médica do Hospital Municipal – Foto: Claudeci Junior/Liberal

De acordo com a filha da idosa, a cozinheira Maria Aparecida de Souza, 66, a mãe recebeu uma medicação que fez com que o nível de glicose dela, que tem diabetes, “despencasse”, chegando a 22.

Jovita deu entrada no hospital em 18 de agosto com pneumonia e água no pulmão. Ela também sofria de problemas cardíacos.

Dois dias depois de internada, a idosa teria recebido um remédio prescrito por um médico e pouco tempo depois começado a passar mal.

Os enfermeiros, então, teriam recorrido ao médico da emergência, já que naquele momento não havia nenhum outro profissional para dar assistência à paciente na ala em que se encontrava.

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No áudio gravado pela família da idosa e enviado ao LIBERAL, é possível ouvir o médico dizendo que haviam aplicado uma injeção errada na idosa, e que por conta do estado de saúde dela, jamais poderia ter sido medicada com tal remédio.

No áudio é possível ouvir ainda o desespero da idosa por não conseguir respirar normalmente, bem como de familiares e outros pacientes diante da situação.

O médico frisou mais de uma vez que as enfermeiras não tinham culpa porque estavam cumprindo ordens do médico, que não foi identificado pela família.

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O profissional diz que a situação no hospital está caótica, que naquela tarde (20 de agosto) havia 13 pacientes na emergência e que se chegasse mais algum, não teria onde colocar.

EXAMES

Também é possível ouvir enfermeiras falando de exames de ultrassom e raio-x que já deveriam ter sido feitos no dia anterior e ainda não tinham previsão de ser realizados.

O médico conseguiu reverter o quadro da idosa. Ela recebeu alta em 30 de agosto, porém, enfartou no dia seguinte, sendo socorrida ao HM, mas não resistiu.

A morte dela não tem relação com a medicação que teria sido aplicada equivocadamente.

“A única certeza que temos nessa vida é que vamos morrer. E deveria ser com dignidade, é o que queria para minha mãe. Mas o que aconteceu foi um descaso. Só sabe o que acontece quem está lá dentro [refere-se ao HM]. Não estou falando só em memória da minha mãe, mas também por causa dos demais pacientes que estão lá”, desabafou Maria Aparecida.

De acordo com ela, o médico que socorreu a idosa teria sido desligado da unidade.

RESPOSTA

A informação não foi confirmada pela prefeitura. Em nota, a Secretaria de Saúde informou que vai notificar a Santa Casa de Misericórdia de Chavantes – atual gestora do hospital – para que apure essas reclamações e denúncias, tomando todas as providências necessárias e cabíveis dentro do rigor contratual.

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