O emplacamento de carros novos em Americana teve uma queda de 36,6% em julho deste ano em comparação com o mesmo período de 2020. O número caiu de 270 para 171. Os dados são da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

A entidade diz que a queda nos números é resultado da escassez de produtos nas concessionárias por conta das dificuldades que a indústria enfrenta para a obtenção de peças e componentes.

Se comparado com julho de 2019, a redução é ainda maior. Naquele mês foram emplacados 378 carros, 207 a mais que em julho deste ano. Na comparação com junho de 2021, a queda é de 18%, o que representa uma diferença de 38 emplacamentos a menos.

De acordo com o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, a dificuldade na obtenção de peças e componentes, como os semicondutores, segue como o principal gargalo para o segmento de automóveis e faz com que os estoques das concessionárias permaneçam em níveis criticamente baixos.

“Neste ano, registramos o pior resultado [nível nacional] em um mês de julho desde 2005”, diz Assumpção Júnior.

Gerente da Honda Aversa em Americana, Silvana Fróes afirma que na contramão dos dados apresentados pela Fenabrave, a loja teve um aumento de 15% no número de emplacamentos referente ao ano passado.

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Ela acredita, no entanto, que essa queda apontada pela federação realmente é por falta de componentes de algumas marcas e férias coletivas das montadoras. “O mercado está comprador, temos uma venda represada grande”.

O cenário é diferente quando o assunto são os comerciais leves (Fiat Strada e Volkswagen Saveiro, entre outros modelos). Por apresentar menor dependência de componentes eletrônicos, a categoria mantém a recuperação e mostra que o bom momento poderia ser estendido às vendas de automóveis, caso houvesse disponibilidade de produtos, aponta a Fenabrave.

Em Americana, o emplacamento de veículos comerciais leves saltou de 39, em junho deste ano, para 73, em julho, um aumento de 87%.

“A economia está, aos poucos, retornando à normalidade, com o avanço da vacinação, e há boa oferta de crédito, com um nível de aceitação de proposta de sete para cada 10 enviadas aos bancos”, afirma o presidente da federação.