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Em alta, golpes têm investigação burocrática e são desafios para a polícia

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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Em alta, golpes têm investigação burocrática e são desafios para a polícia

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Em alta, golpes têm investigação burocrática e são desafios para a polícia

Casos de estelionato tiveram alta de 8,2% no País entre 2022 e 2023, segundo Anuário Brasileiro de Segurança

Por Cristiani Azanha

20 de julho de 2024, às 08h29

Delegado do 1º DP de Americana, Lúcio Petrocelli disse que a polícia tem intensificado o combate - Foto: Foto: Marcelo Rocha / LIBERAL

Os criminosos têm migrado dos crimes patrimoniais, como o roubo – que exige ameaça e precisa ser realizado presencialmente – para os estelionatos, que podem ser cometidos de qualquer lugar e na maioria das vezes o golpista não aparece, principalmente quando são realizados pela internet.

Esse apontamento foi trazido pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na última quinta-feira (18), cujo levantamento aponta que os casos de estelionato tiveram alta de 8,2% no País entre 2022 e 2023. Foram quase 2 milhões de golpes registrados no ano passado.

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Os boletins de ocorrência são registrados nas delegacias, mas a investigação burocrática é um desafio para a polícia.

Por exemplo: no caso de uma vítima que teve o celular hackeado e a conta corrente invadida, como envolve dados sigilosos, o delegado precisa pedir a quebra do sigilo da conta bancária ao juiz, que se considerar algum indício de fraude oficia o Banco Central, que pede as informações para as agências.

O mesmo ocorre com sigilo telefônico, que também exige a autorização judicial e precisa obedecer uma cadeia de acesso à operadora até o retorno com as informações.

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Gabriel Fagundes de Toledo Netto, delegado do 1º Distrito Policial de Santa Bárbara d’Oeste estima que cerca de 70% dos boletins de ocorrência registrados na cidade são de estelionatos cometidos via internet.

“A investigação é complexa, pois tenta-se rastrear o IP do computador ou smartphone do autor, e não se trata de uma tarefa fácil”, explica.

Trabalho

O delegado do 1º Distrito Policial de Americana, Lúcio Antonio Petrocelli confirma que a investigação é trabalhosa, mas a Polícia Civil tem intensificado as ações para chegar até os golpistas, e novas modalidades aparecem com frequência.

“Existe uma grande infinidade de golpes que aparecem e cada um atinge um perfil de vítimas. Os idosos geralmente caem nos estelionatos como falso funcionário de banco, que liga ou manda mensagem avisando que houve uma compra no cartão e precisa digitar um código ou acessar um link para cancelar a compra. Infelizmente, basta um clique para que a pessoa tenha os dados clonados”, afirma.

No caso dos mais jovens, a polícia informa que geralmente são vítimas de golpes com fotos, como “nudes.”

Em alguns casos, posteriormente um criminoso entra em contato se passando pelo pai de uma suposta envolvida, que seria menor de idade, e exige dinheiro para que não denuncie à polícia quem recebeu a imagem.

Ou ainda quando a pessoa manda fotos e acaba sendo chantageada para não ter as imagens vazadas na internet.

O delegado titular de Sumaré, Marcelo Moreschi Ribeiro considera que 50% dos boletins de ocorrência registrados na cidade são sobre golpes cibernéticos.

“Os casos mais comuns envolvem os pagamentos em falsos boletos, compra de carros pela internet, cujo dono do carro e o comprador são lesados, pois um terceiro se beneficia da quantia”.

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