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Saúde

Hospital Municipal de Americana tem 60% do atendimento que poderia ser feito nas UBSs

Após questionamentos de vereadora sobre falta de leitos disponíveis na unidade de saúde, diretora da Fusame aponta "represamento" de atendimentos

Por Ana Carolina Leal

27 de novembro de 2021, às 07h53 • Última atualização em 27 de novembro de 2021, às 08h02

Cerca de 60% dos atendimentos realizados pelo HM (Hospital Municipal) Dr. Waldemar Tebaldi, em Americana, são da atenção básica, ou seja, deveriam ser prestados pelas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) ou ESFs (Estratégias de Saúde das Famílias).

A informação consta em um ofício da prefeitura endereçado à vereadora Professora Juliana (PT), em resposta a um requerimento em que a parlamentar pede informações sobre o número de leitos disponíveis no hospital para atendimento.

Hospital Municipal fica sobrecarregado com atendimentos que poderiam ser feitos em UBSs – Foto: Arquivo / O Liberal

No documento, a vereadora questiona, além do número de leitos à disposição, a média de atendimento mensal e as razões por trás da falta de leitos para atendimento da população.

No dia 22 de outubro, o LIBERAL publicou matéria denunciando superlotação no hospital. Pacientes estavam internados em macas e no corredor do pronto-socorro, e enfermeiros relataram sobrecarga e falta de funcionários. Na data, a prefeitura alegou que estava reformando a ala 3 e teve que remanejar pessoas.

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No ofício endereçado à vereadora, a diretora-superintendente da Fusame (Fundação de Saúde do Município de Americana), Lilian Godoy, afirma que um dos motivos da lotação é o fato de que muitos casos de baixa complexidade (sensíveis à atenção básica) estão sendo atendidos no hospital.

“Próximo de 60% dos atendimentos do pronto-socorro do hospital deveriam estar em outros equipamentos da saúde pertinente à complexidade assistencial”, traz a resposta.

Ao LIBERAL, Lilian explicou nesta sexta-feira que, como o quadro de recursos humanos está defasado, os moradores, ao invés de esperarem um clínico nas UBSs, procuram direto o HM. “Tem até um protocolo que a gente está criando para poder sanar essa situação, porque se a demanda é da atenção básica, tem que ser atendida nas UBSs”, disse.

A diretora aponta ainda que a gestão anterior decidiu por fechar unidades de saúde no município, o que causa “represamento no HM”, que a população tem crescido consideravelmente e que o número de leitos é o mesmo desde a fundação do hospital. Ela afirma também que, por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), muitos trabalhadores perderam o emprego e o plano de saúde, passando a depender do SUS (Sistema Único de Saúde).

Para Professora Juliana, as respostas comprovam a necessidade de se investir na atenção básica do município, bem como de se descentralizar o atendimento de urgência e emergência.

Outra medida defendida pela parlamentar é a reabertura da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) São José, na Avenida Cillos, que desafogaria o atendimento concentrado no HM e no PA (Pronto Atendimento) do Antonio Zanaga.

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