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ABASTECIMENTO

DAE de Americana faz captação acima do permitido no Rio Piracicaba

Às 15h09 desta terça, autarquia captava 1.416 litros por segundo, sendo que o limite autorizado pelo Estado é de 1.300 litros por segundo

Por Gabriel Pitor

22 de outubro de 2024, às 19h45

O ponto de captação de água de Americana no Rio Piracicaba - Foto: Marília Pierre / Prefeitura de Americana

O DAE (Departamento de Água e Esgoto) de Americana captou água do Rio Piracicaba em quantidade acima do permitido pela SP Águas (Agência de Águas do Estado de São Paulo), anteriormente chamada de DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), na tarde desta terça-feira (22).

A situação foi denunciada pelo vereador Gualter Amado (PDT) durante a sessão da câmara e confirmada pelo LIBERAL.

De acordo com a telemetria da própria autarquia municipal, o volume captado no Rio Piracicaba, às 15h09, era de 1.416 litros por segundo. Em fevereiro de 2021, o então DAEE ampliou a outorga da cidade de 1.050 para 1.300 litros por segundo — este último é a quantidade limite que pode ser retirada do rio para ser utilizada no abastecimento.

Sistema de telemetria do DAE apontou captação acima do permitido pela SP Águas na tarde desta terça – Foto: DAE/Reprodução

Segundo o pedetista, só hoje a captação chegou a atingir 1.445 litros por segundo, montante ainda maior que o verificado pela reportagem na tarde desta terça.

“Ao invés de resolver os problemas que têm em Americana, o DAE está captando mais água. Isso porque foi na televisão falar que a falta de água era por conta da falta de chuva. Essa chuva que caiu no fim de semana foi o suficiente para acabar com o problema?”, questionou Gualter, durante a sessão.

A outorga dada pela SP Águas determina um valor máximo que os municípios podem captar dos corpos hídricos para utilizar no sistema de distribuição de água.

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Esse montante leva em consideração estudos sobre a demanda de cada cidade e a partilha sustentável dos rios, para que não haja sobrecarga no uso da bacia — no caso, o Rio Piracicaba integra o PCJ (Bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí).

Ao LIBERAL, o DAE informou que acompanha 24h por dia, junto à SP Águas, o volume captado e que essa quantidade é monitorada por meio de sensor, sendo que “em alguns momentos está acima da outorga, mas em outros fica abaixo, mantendo uma média dentro da autorização atual, que é calculada no fim do mês”.

Por sua vez, a agência estadual informou à reportagem que irá analisar a situação e dará um posicionamento até a tarde desta quarta (23).

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