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Com subnotificação, casos de dengue diminuem 59% em Americana - O Liberal

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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Com subnotificação, casos de dengue diminuem 59% em Americana - O Liberal

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No 1º semestre

Com subnotificação, casos de dengue diminuem 59% em Americana

Medo de procurar o serviço de saúde por causa da pandemia e sintomas semelhantes com coronavírus podem ter provocado menos registros da doença

Por Marina Zanaki

06 de julho de 2021, às 08h23 • Última atualização em 06 de julho de 2021, às 09h17

Americana registrou ao longo do primeiro semestre deste ano 233 casos de dengue. O número é 59% menor do que o registrado ao longo dos seis primeiros meses de 2020, que teve 579 casos. Para o PMCD (Programa Municipal de Combate à Dengue), a explicação pode estar em uma subnotificação relacionada à pandemia do coronavírus (Covid-19).

O setor pondera que pessoas que procuraram os serviços médicos com queixa de Covid-19 podem ter tido resultado negativo para a doença provocada pelo coronavírus e não terem registrado suspeita para dengue.

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A dengue e a Covid-19 podem apresentar sintomas semelhantes, como febre, dor no corpo, diarreia, vômitos e dores de cabeça. A diferenciação se dá porque o coronavírus também pode provocar sintomas respiratórios, como coriza, dor de garganta e tosse.

É possível descobrir se alguém teve dengue no passado por meio do exame de sorologia. O marcador de anticorpos permanece positivo mesmo depois de meses da infecção.

O bairro com maior incidência de dengue este ano foi a Cidade Jardim, com 15 infecções confirmadas. No primeiro semestre do ano passado, o bairro que liderou as notificações foi o Antonio Zanaga, com 43 confirmações. Populosos, ambos também registraram o maior número de mortes na pandemia.

“Pode simplesmente ter havido uma tendência natural de declínio, isto devido à grande parte da população estar imune ao sorotipo circulante atualmente ou outras variáveis, que no atual cenário fica impraticável apontar ou sugerir evidências”, analisou o PMCD, questionado pelo LIBERAL.

A “temporada da dengue”, que costuma se concentrar no primeiro semestre pelo tempo mais úmido e quente, terminou sem nenhum óbito em Americana.

Região

A Secretaria de Saúde de Santa Bárbara d’Oeste observou um aparecimento de casos de dengue de forma tardia. O pico de contaminações em 2021 foi em maio, enquanto que no ano passado foi em março.

A pasta diz ter percebido no mês passado que ainda estava havendo transmissão de dengue, enquanto que o esperado era uma redução mais acentuada dos casos, dada a diminuição da temperatura média. “Estes dados ressaltam a importância da eliminação dos focos e possíveis criadouros do mosquito durante todo o ano”, comentou.

O município registrou 280 casos positivos no primeiro semestre, contra 885 no mesmo período de 2020, ambos sem óbitos pela doença.

Nova Odessa registrou 227 casos de dengue este ano, contra 315 no mesmo período do ano passado. Para a Vigilância Epidemiológica, a doença mantém o mesmo comportamento há anos, e em 2021 não houve mudanças.

Questionadas pelo LIBERAL, as prefeituras de Sumaré e Hortolândia não responderam sobre os casos.

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