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POLÊMICA

Assembleia em metalúrgica tem confusão e OAB de Sumaré fala em ‘viés racista’

Entidade criticou a maneira que a PM abordou o advogado do sindicato, que é negro; caso aconteceu em Americana

Por Ana Carolina Leal

18 de novembro de 2023, às 08h21 • Última atualização em 21 de novembro de 2023, às 12h52

Uma assembleia sindical realizada na última quinta-feira (16), na entrada da Malcon Metalúrgica, na Vila Dainese, em Americana, terminou em tumulto e desentendimento entre policiais militares, trabalhadores e o advogado que representa o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, João Guedes, que atua na cidade de Sumaré.

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Sumaré acusou a PM (Polícia Militar) de agir com “viés racista” contra o advogado, que é negro.

Policial segurou o advogado João Guedes pelo cinto durante abordagem – Foto: Reprodução/Redes sociais

Segundo a diretora do sindicato, Dayse Cristina Caetano, a entidade está em meio a uma campanha salarial, realizando assembleias em diversas metalúrgicas da região.

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No entanto, antes mesmo do início da reunião com trabalhadores da Malcon, a advogada da empresa teria ameaçado o sindicato, afirmando que os funcionários entrariam na fábrica.

Além disso, a advogada teria acionado a polícia, que, segundo a diretora do sindicato, agiu de maneira violenta, tentando prender João Guedes e agindo com racismo e truculência.

A advogada Jamile Abdel Latif, que representa a Malcon Metalúrgica, por sua vez, alegou que o sindicato fechou a entrada da empresa, que é um espaço público, para forçar a adesão à greve, o que seria ilegal no Brasil.

Ela afirmou que a polícia apenas ordenou a abertura da passagem, mas o sindicato resistiu à ordem policial.

Apesar disso, a assembleia teria ocorrido normalmente, com a participação de alguns funcionários, que posteriormente entraram para trabalhar.

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O tenente-coronel Adriano Daniel, comandante do 19º BPMI (Batalhão de Polícia Militar do Interior), explicou que a PM foi acionada pela advogada da metalúrgica porque manifestantes estariam impedindo a entrada de trabalhadores na empresa.

Ele destacou a existência de uma liminar judicial proibindo manifestações desse tipo e afirmou que está apurando os detalhes do ocorrido.

Nas redes sociais, o presidente da OAB de Sumaré, Paulo Roberto da Silva, divulgou um vídeo ao lado do advogado João Guedes, mencionando uma reunião virtual com a presidente da seção São Paulo, Patricia Vanzolini.

Silva afirmou que tomarão todas as providências necessárias diante da violência contra Guedes, caracterizando o incidente como tendo viés racista e contra a atividade sindical.

O LIBERAL tentou entrar em contato com o advogado João Guedes, sem sucesso.

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