Americana
Apuração sobre máscaras revolta profissionais de enfermagem do HM
Prefeitura abriu uma investigação para apurar o que chamou de “desaparecimento” de 3 mil máscaras cirúrgicas do Hospital Municipal
Por George Aravanis
19 de março de 2020, às 09h51 • Última atualização em 19 de março de 2020, às 13h34
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/americana/apuracao-sobre-mascaras-revolta-profissionais-de-enfermagem-1167422/
A Prefeitura de Americana anunciou ontem uma investigação para apurar o que chamou de “desaparecimento” de 3 mil máscaras cirúrgicas do Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi e revoltou profissionais de enfermagem que trabalham na unidade. Eles acreditam que, na verdade, houve um aumento no consumo por causa do coronavírus e falta de controle.
À tarde, o próprio superintendente da Fusame, José Carlos Marzochi, disse que todas as máscaras usadas tinham registro de saída. O que será apurado, dessa forma, será um “excesso” no uso. “Não acredito nisso [furto], de forma alguma, são pessoas altamente profissionais”, afirmou Marzochi.
Informada sobre a fala do superintendente e questionada sobre o motivo de informar que houve um “sumiço”, a assessoria da prefeitura informou que só a investigação interna é que vai indicar se é um caso de polícia ou de excesso de uso.
Na nota divulgada pela manhã, a prefeitura informou que “entre os dias 12 e 16 de março os produtos haviam sido disponibilizados para as farmácias satélites do pronto-socorro e do centro cirúrgico, porém o consumo apontado pelo controle de estoque chegou a duas mil unidades, além das que haviam sido utilizadas normalmente pelos profissionais durante os cinco dias”.
Três profissionais de enfermagem que atuam no hospital ficaram indignados com a divulgação de que houve um “desaparecimento”. Segundo eles, desde o avanço do coronavírus, muitos profissionais que não usavam o item passaram a utilizá-lo. Além disso, máscaras foram disponibilizadas na recepção a pacientes.
“Foi liberado indiscriminadamente. Não tiveram nenhum controle. Todo e qualquer paciente com acompanhante que entrava no pronto-socorro era oferecida a máscara”, afirmou a enfermeira Isabel Rodrigues dos Santos. “Teve plantão que médico mandou pôr mascara em todo idoso”, disse um enfermeiro.
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