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COVID-19

Americana e região poderão abrir comércios e shoppings com restrições

Americana está dentro da região de Campinas, que se enquadra na segunda fase de reabertura da economia do Estado com uma série de regras para o retorno das atividades econômicas

Por André Rossi

27 de maio de 2020, às 13h35 • Última atualização em 27 de maio de 2020, às 18h30

As cidades de Americana e região poderão abrir comércios e shoppings com restrições a partir de segunda-feira (1º).

O anúncio da “Retomada Consciente” foi realizado nesta quarta-feira (27) pelo governo estadual, que prorrogou a quarentena por mais 15 dias com flexibilização de diversos setores.

A retomada econômica será realizada de acordo com a classificação das regiões, que foi definida pelo governo paulista com base na disponibilidade de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para o novo coronavírus (Covid-19) e na evolução dos casos durante a pandemia.

Americana faz parte da região do DRS (Departamento Regional de Saúde) de Campinas, que se enquadra na segunda fase do “Plano São Paulo”.

Região de Campinas, da qual Americana faz parte, está na fase 2 de flexibilização – Foto: Reprodução

Nesta etapa em que se encontra a região de Campinas, é autorizada a abertura gradual de shoppings center, imobiliárias, concessionárias, escritórios e lojas de rua.

De acordo com a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Eellen, haverá restrições para a reabertura destas áreas comerciais. Na coletiva, no entanto, apenas a situação dos shoppings foi detalhada.

“A ideia é que seja feita com redução de fluxo de pessoas, horários e medidas fixas de isolamento. O fluxo de pessoas é em torno de 20% da capacidade original, respeitando o distanciamento de 1,5 metros. E recomendação inicial de 4 horas de funcionamento nesta etapa”, explicou Ellen.

A flexibilização dentro da “Retomada Consciente” deverá ser feita por decreto pelos prefeitos das cidades, observando também os planos regionais.

A quarentena de combate à proliferação da Covid-19 entrou em vigor no dia 23 de março e desde então foi renovada três vezes. As regras atuais de isolamento terminam neste domingo (31). Já a quarentena com flexibilização começa na segunda-feira (1º) e vai até o dia 15 de junho.

Outras fases

Existem outras três fases de reabertura no Plano São Paulo. A terceira (“Flexibilização”) prevê o funcionamento de restaurantes, bares e similares, além de salões de beleza. Na quarta fase (“Abertura parcial”), será permitido o funcionamento das academias.

Confira o que permite cada fase do Plano São Paulo de reabertura “consciente” da economia paulista – Foto: Reprodução

A quinta e última fase (“Normal Controlado”) prevê todos os setores funcionando. Nenhuma região do Estado se enquadra nesta categoria no momento.

A Grande São Paulo, a Baixada Santista e Registro, por exemplo, ainda estão na fase 1, chamada de “Alerta Máximo”. Ou seja, terão de seguir os atuais padrões de quarentena com abertura apenas dos comércios considerados essenciais.

A cada 7 dias haverá uma reclassificação com base na evolução dos indicadores. A partir daí, a cada 15 dias, a região poderá ser “promovida” a fases mais flexíveis. Entretanto, o Estado alerta que há possibilidade de regressão, conforme a evolução das características locais.

Plano São Paulo

O site do Plano São Paulo foi lançado nesta quarta-feira e contará com 60 protocolos e mais de 500 diretrizes que servirão como recomendações para os setores consultarem. A secretária Ellen ressaltou que foram ouvidas mais de 150 entidades de classe, 400 empresas e 20 setores econômicos identificados como os mais vulneráveis.

Isolamento

A parte inicial da coletiva foi destinada a valorizar as medidas restritivas praticadas durante a quarentena.

De acordo com o coordenador do Centro de Contingência de Combate à Covid-19, Dimas Covas, a projeção de casos confirmados sem as medidas de isolamento era de 950 mil. Com a restrição, a estimativa é de 84 mil casos até o fim do mês.

O mesmo raciocínio foi utilizado em relação aos óbitos. A projeção sem o distanciamento até o final deste mês era de 65 mil mortes. Até o momento, 6.220 pessoas foram vítimas da doença em São Paulo.

“As medidas de isolamento são as únicas medidas que nós dispomos para enfrentar essa pandemia. Não temos medicamentos. É a única maneira de colocarmos o vírus fora de circulação. Ele [isolamento] funcionou, tem funcionado e precisa ser mantido porque ainda é a única forma que temos para combater essa pandemia”, afirmou Dimas.

Podcast Além da Capa

Solidariedade e apoio aos necessitados marcam a luta contra o novo coronavírus (Covid-19) nas periferias da RPT (Região do Polo Têxtil). O LIBERAL visitou moradores do acampamento Roseli Nunes e da favela Zincão, em Americana, e da ocupação Vila Soma, em Sumaré, e observou como eles se unem para enfrentar as dificuldades provocadas pela pandemia. Nesse episódio, o editor Bruno Moreira recebe o repórter André Rossi, que esteve nas comunidades, para repercutir essa apuração.

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