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Americana

Alvo de sindicância, médico pede demissão de cargo na Prefeitura de Americana

Aladim de Paula Freitas Júnior deixa de atender em UBS, mas segue atuando no HM pela Fusame

Por Ana Carolina Leal

16 de setembro de 2021, às 07h32 • Última atualização em 16 de setembro de 2021, às 14h03

Alvo de sindicância na Prefeitura de Americana por suspeita de fraudar relógio de ponto, o médico ginecologista Aladim de Paula Freitas Júnior pediu exoneração do cargo vinculado à administração. Ele atendia na UBS (Unidade Básica de Saúde) do Jardim São Paulo. A rescisão de contrato foi publicada no Diário Oficial do Município desta quarta-feira.

Na manhã de 5 de julho, ele foi flagrado pelo vereador Gualter Amado (Republicanos) chegando na unidade por volta das 6h50. Segundo o parlamentar, o médico entrou, bateu o ponto e deixou a UBS. Gualter seguiu o carro de Aladim e o viu entrando no Hospital Unimed.

A prefeitura abriu sindicância para investigar a denúncia. Na época, o secretário de Saúde do município, Danilo Carvalho de Oliveira, disse que a suspeita fere o princípio da dignidade na prestação do serviço público e aponta condutas proibidas. Afirmou ainda ser de extrema necessidade a apuração dos fatos.

Aladim era concursado da prefeitura desde 1º de novembro de 2005 e ganhava R$ 6,5 mil por mês pelos serviços prestados ao município como médico ginecologista na UBS do Jardim São Paulo. Ele pediu exoneração desse cargo. Porém, continua atuando no HM (Hospital Municipal) Dr Waldemar Tebaldi pela Fusame (Fundação de Saúde do Município de Americana), onde foi admitido em 1987 e recebe R$ 23 mil por mês.

Questionada pelo LIBERAL, a prefeitura afirmou nesta quarta-feira que desconhece os motivos que levaram o médico a pedir exoneração. A administração disse ainda que com a saída do profissional, os trabalhos da Comissão de Sindicância são encerrados.

Em nota, a prefeitura explicou que a comissão tem como finalidade apurar os fatos e ao fim aplicar as penalidades cabíveis, como advertência, suspensão, multa e demissão a bem do serviço público. Quando o servidor pede desligamento, afirmou, a sindicância tem seus trabalhos prejudicados. “Lembrando que ela possui natureza administrativa. O que não exclui as demais penalidades em outras esferas judiciais”. 

O LIBERAL tentou contato com o ginecologista por meio do número do consultório particular, deixou mensagem no Whatsapp, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.

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