Mundo
EUA ultrapassam marca de um milhão de mortos por Covid-19
País enfrenta um novo aumento no número de casos, impulsionado pelo avanço da variante Ômicron
Por Agência Estado
12 de maio de 2022, às 10h24 • Última atualização em 12 de maio de 2022, às 14h11
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Os Estados Unidos se tornaram o primeiro país do mundo a superar a marca de um milhão de mortes por Covid-19. O anúncio foi feito pela Casa Branca nesta quinta-feira, 12, em um momento no qual o país enfrenta um novo aumento no número de casos, impulsionado pelo avanço da variante Ômicron.
“Hoje alcançamos um marco trágico: um milhão de vidas americanas perdidas para a Covid-19”, afirmou o presidente Joe Biden em um comunicado. “Nós devemos permanecer vigilantes contra esta pandemia e fazer tudo para salvar o maior número possível de vidas, como fizemos com mais testes, vacinas e tratamentos do que nunca antes”, acrescentou.
O democrata defendeu que o Congresso americano deve manter o fornecimento de recursos para o combate à doença, incluindo testes, vacinas e tratamentos.
Biden pediu que os americanos se unam para derrotar o vírus e afirmou que entende a dor das famílias que perderam entes queridos. “É implacável. Mas também sei que aqueles que você ama nunca se foram de verdade. Eles sempre estarão com você”, disse.
Os EUA se tornaram o epicentro mundial do coronavírus pouco tempo depois da Organização Mundial de Saúde (OMS) classificar a crise como uma pandemia. A liderança negativa americana, porém, ocorre em um contexto em que a própria OMS reconhece que os casos de Covid-19 estão subnotificados ao redor do mundo – com o real número de mortes sendo estimado em até três vezes acima dos 5,4 milhões confirmados.
Após vários meses de queda nos contágios, os EUA registram um aumento diário de casos há cerca de um mês. A alta é provocada pelo avanço da variante Ômicron, que se espalha em um contexto em que o uso obrigatório de máscara foi liberado – embora continue sendo recomendado em ambientes fechados – e a quarta dose da vacina está disponível apenas para pessoas com mais de 50 anos.
A marca sombria é um lembrete do duro impacto causado pela pandemia nos EUA, mesmo quando a ameaça representada pelo vírus diminui na mente de muitas pessoas. Proporcionalmente, o total representa cerca de uma morte para cada 327 americanos, ou mais do que toda a população de São Francisco ou Seattle.
Marcas históricas pelo mundo
Apesar do ritmo da pandemia ter diminuído após campanhas de vacinação terem avançado em alguns países, a Covid-19 continua a fazer vítimas e alcançar marcas históricas ao redor do mundo. A OMS confirmou nesta quinta-feira que mais de dois milhões de pessoas morreram na Europa pela doença, continente que foi o epicentro da pandemia antes dos EUA.
“Uma etapa devastadora foi ultrapassada, já que o número de mortes por Covid-19 declaradas pelos países da região Europa da OMS ultrapassou dois milhões de pessoas”, disse um porta-voz da organização a France-Presse.
Na China, bloqueios continuam a restringir a vida de milhões de pessoas em Pequim e em Xangai, enquanto o governo do país tenta manter em curso uma estratégia de “tolerância zero” em relação ao vírus.
Mesmo países que negaram a existência da pandemia começam a admitir sua gravidade. A Coreia do Norte, que até o momento não havia admitido nenhum caso da doença, reconheceu nesta quinta-feira o primeiro surto de Covid-19 no país, o que levou Kim Jong-un a ordenar o confinamento em todo o país. (Com agências internacionais).