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8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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Operação Ladinos

Morador de Americana é preso em ação da PF contra quadrilha envolvida em roubo de cargas e crimes violentos

Mandado de prisão foi cumprido em uma residência no Parque Novo Mundo; quatro armas foram apreendidas

Por Paula Nacasaki

17 de outubro de 2024, às 14h10 • Última atualização em 17 de outubro de 2024, às 18h33

Armas foram apreendidas na casa do suspeito, no Parque Novo Mundo, em Americana - Foto: Divulgação_PF

Um morador de Americana, de 55 anos, foi preso nesta quinta-feira (17), pela PF (Polícia Federal) de Campinas, em sua residência, no Parque Novo Mundo. Outros dois da região também foram detidos, mas em Campinas. Eles são apontados como integrantes de uma quadrilha criminosa, voltada a roubos de cargas, tráfico de drogas, crimes violentos e lavagem de dinheiro.

A operação, batizada de Ladinos, foi realizada em parceria com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), do MP (Ministério Público) e, em Americana, contou com o apoio do 10° Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) da Polícia Militar.

Conforme o Baep, no imóvel do detido foram apreendidos um veículo, um revólver calibre 357, um revólver calibre 38, duas pistolas 9 mm e munições.

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Em coletiva de imprensa, o delegado Edson Geraldo de Souza, da PF de Campinas, apontou que foram expedidos 19 mandados de prisão. Durante as buscas, 14 pessoas foram presas, um dos alvos já está em cárcere e outros quatro suspeitos estão foragidos. Também foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão para auxiliar nas investigações.

Segundo o delegado, foram cumpridas as ordens judiciais para pessoas físicas e também em seis empresas, entre elas algumas existentes e outras fantasmas, que eram utilizadas para a lavagem de dinheiro de ações criminosas em várias regiões do País.

“O nosso foco hoje não é investigar esses crimes anteriores, pois isso já é feito pelas polícias Civil e Federal dos respectivos Estados. O nosso foco é mostrar que existe a integração destes criminosos aos crimes praticados anteriormente em todo o País e isso é feito também por meio da lavagem de dinheiro”, afirmou o delegado.

Além do Estado de São Paulo, outros mandados foram cumpridos nos Estados de Minas Gerais, Sergipe, Bahia, Pernambuco e Alagoas. A organização criminosa já movimentou mais de R$ 400 milhões nos últimos anos no Brasil.

Segundo a polícia, a investigação segue agora com o objetivo de encontrar mais pessoas ligadas à organização, independente da função hierárquica, para então chegar aos receptadores das cargas e demais produtos roubados.

Questionado sobre as funções específicas e detalhes de como os moradores de Americana e Campinas agiam, o delegado explicou que essas informações estão em sigilo, para não atrapalhar a investigação.

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Início das Investigações

O delegado explicou ainda que as investigações tiveram início em junho de 2022, após os agentes receberem a informação de que o líder da quadrilha, já investigado por crimes violentos no Nordeste e por ter cometido um homicídio em Ribeirão Preto, estaria residindo em um condomínio de luxo em Campinas.

Os agentes deram início às buscas e, em junho daquele ano, conseguiram efetuar a prisão do suspeito, que tinha um mandado de prisão preventiva expedido pelo Juízo da 3ª Vara do Foro de Presidente Venceslau, por roubo de carga de defensivos agrícolas.

Na ocasião ele conduzia uma picape Toyota Hilux, que teria sido adquirida com dinheiro em espécie e uso de uma identidade falsa. Após a prisão foi realizada uma busca em sua residência, onde os policiais encontraram um cartão de banco usado por um outro integrante da quadrilha, um jammer (bloqueador de sinal de comunicação), notebook, aparelhos celulares, documentos e veículos.

Com apreensão de todos esses itens, PF e Gaeco iniciaram uma investigação contra a quadrilha, que apontou a existência de dois núcleos e resultou na Operação Ladinos, deflagrada nesta quinta.

Operação Ladinos

Nome em referência à capacidade dos investigados no desenvolvimento de um complexo sistema de diluição e ocultação dos proventos do crime – é resultado do investimento da Polícia Federal em especialização de um grupo que trabalha em conjunto com o Gaeco e com outras forças da Segurança Pública, visando a desarticulação de organizações voltadas especialmente ao roubo de cargas e caminhões nas rodovias brasileiras. Colaborou Luciano Bianco

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