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Santa Bárbara

Em Santa Bárbara, policial civil e GCM ‘emprestado’ são presos por conta de BOs falsos

Eles respondem por organização criminosa, falsa comunicação de crime e furto qualificado, segundo a Polícia Civil de Goiás

Por Cristiani Azanha e Paula Nacasaki

17 de outubro de 2024, às 08h09 • Última atualização em 17 de outubro de 2024, às 16h41

Policiais cumpriram mandados de busca em vários endereços - Foto: Polícia Civil de Goiás/Divulgação

Um policial civil e um guarda municipal “emprestado” para a Delegacia de Santa Bárbara d’Oeste foram presos na última terça-feira (15) pela Decar (Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas) da Polícia Civil de Goiás, durante a segunda fase da Operação Imperador, voltada à investigação do desvio de uma carga de palmito avaliada em R$ 500 mil. Os líderes do esquema foram detidos no mesmo dia, em Minas Gerais e Goiás.

A delegada de Goiás, Alessandra Alvarenga, que coordena a investigação, disse ao LIBERAL que os dois servidores eram responsáveis pela emissão de boletins de ocorrência falsos.

“Os motoristas simulavam o roubo, quando na verdade já iam carregar a carga na intenção de desviá-la. Os funcionários sabiam que não se tratava de roubo, mas faziam o registro para o organização.”

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Ambos tiveram o mandado de prisão temporária decretado pela Justiça pelo período de cinco dias, prorrogáveis pelo mesmo período.

O secretário de Segurança, Trânsito e Defesa Civil de Santa Bárbara, Rômulo Gobbi, informou que, com relação ao guarda, já foi instaurado procedimento disciplinar para apuração.

A SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo foi procurada e informou que “o policial citado pela reportagem cumpre prisão temporária no Presídio da Polícia Civil, em São Paulo. Uma apuração preliminar foi instaurada para esclarecer todos os fatos e acompanhar as investigações que tramitam pelo Estado de Goiás”.

Início

De acordo com a polícia goiana, na primeira fase da operação, três pessoas foram presas: o motorista do caminhão, sua esposa e o proprietário do veículo.

A ação contou com o apoio da 6ª DRP (Delegacia Regional de Polícia) de Itumbiara, da 19ª DRP de Caldas Novas e da 9ª Corregedoria Auxiliar de Piracicaba.

Para a Decar, o objetivo na segunda fase será  aprofundar as investigações para desmantelar a rede criminosa envolvida no desvio e na comercialização ilegal de cargas.  

A identificação dos servidores públicos e dos responsáveis pela encomenda da carga é um passo para responsabilizar os envolvidos e recuperar o valor desviado.

A polícia goiana adiantou que a operação segue em andamento e novas prisões não estão descartadas.

Outro lado

Após a publicação da reportagem, William Oliveira, advogado do policial civil preso, disse que seu cliente “não fez nada de errado” e que isso será demonstrado.

“Quando alguém aparece para registrar um boletim de ocorrência, não há como saber se o fato ocorreu ou não, isso pode ser feito até pela internet. Quem pediu para fazer o registro é que deve responder por isso”, afirmou.

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