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Esportes da região

Após prata em Paris, Alexandre Galgani busca parceiros para próximo ciclo paralímpico

Apesar de ser o segundo do ranking mundial na prova R5, ele diz não ter recebido contato para novos apoiadores

Por Lucas Ardito

03 de outubro de 2024, às 08h30

O segundo colocado no ranking mundial de tiro esportivo paralímpico na prova R5 (carabina de ar deitado 10 m), na categoria SH2, é nascido em Americana e mora em Sumaré. Alexandre Galgani, de 41 anos, foi prata nos Jogos Paralímpicos de Paris, em setembro. Entretanto, busca parceiros para seguir trabalhando em alto nível no próximo ciclo.

Em entrevista ao LIBERAL, o atirador revelou que mesmo tendo conquistado a medalha em Paris – que foi a primeira do tiro esportivo brasileiro -, não houve nenhum interessado em apoiar o seu trabalho. Galgani ressalta que para manter uma rotina de treinamentos semelhante aos adversários estrangeiros é necessário arcar com um custo de cerca de R$ 600 diários – isso apenas com munições.

Após prata em Paris, Alexandre Galgani busca apoiadores para próximo ciclo – Foto: Marcelo Rocha/Liberal

“Hoje eu ganho Bolsa Atleta e tenho parceiros que me ajudam, mas não é o suficiente, porque o tiro é um esporte muito caro. Se eu for treinar de igual para igual com o pessoal de fora, só de munição é uma faixa de mais ou menos R$ 600 por dia, sem contar o ar comprimido”, explicou o paratleta.

“Estou atrás de parceiros justamente por conta desse gasto. Eu não quero que a pessoa me ajude com dinheiro, se eles me ajudarem a ir em provas que às vezes o Comitê Paralímpico não manda a gente, ou então com equipamentos como as munições, já é o suficiente para mim. Me dá as condições de brigar de igual para igual”, completou Galgani.

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O medalhista possui um estande de tiro em sua casa, onde realiza os treinamentos diários. Ele acredita que a ida ao pódio em Paris irá contribuir para que novas portas se abram, gerando melhores condições de trabalho para o ciclo dos jogos de Los Angeles – que podem ser a quarta participação dele no torneio.

Alexandre Galgani conquistou a primeira medalha do tiro esportivo paralímpico do Brasil – Foto: Marcelo Rocha/Liberal

“Se eu for treinar igual meus adversários de fora treinam, eu calculo uma faixa de R$ 350 mil a R$ 400 mil por ano. Tudo que eu ganhei até hoje eu investi no tiro, foi por isso que eu ganhei a medalha”, pontuou.

Na próxima semana ele irá retomar os treinamentos visando a reta final da temporada. Na primeira semana de dezembro o atirador terá pela frente as finais do Campeonato Brasileiro, no Rio de Janeiro.

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