PROBLEMA ESTRUTURAL
Famílias cobram DAE de Americana por rachaduras em seus imóveis após vazamento
Demora para conserto teria causado os danos, segundo donos; autarquia diz que, se comprovado, proprietários devem buscar ressarcimento na Justiça
Por Gabriel Pitor
22 de junho de 2024, às 08h34 • Última atualização em 22 de junho de 2024, às 09h35
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/americana/familias-cobram-dae-de-americana-por-rachaduras-em-seus-imoveis-apos-vazamento-2198483/
Famílias que moram na Rua Ângelo Olivieri, na Vila Dainese, em Americana, têm cobrado indenização do DAE (Departamento de Água e Esgoto) por conta de rachaduras em suas residências que teriam aparecido após um vazamento de água em maio deste ano. Segundo elas, a demora para o conserto teria danificado as estruturas das residências.
Ao LIBERAL, a autarquia disse que o reparo foi realizado dez dias após o recebimento da reclamação e informou que um engenheiro e a Defesa Civil estiveram nos imóveis nesta terça-feira (18).
“Caso haja comprovação que a causa dos danos ao imóvel foi ocasionada pelo vazamento de água, o contribuinte deverá recorrer judicialmente para ressarcimento dos prejuízos.”
A reportagem visitou as casas na última segunda (17) e constatou que há grandes rachaduras nas paredes, que inclusive têm ameaçado várias estruturas, como telhado e cobertura.
📲 Receba as notícias do LIBERAL no WhatsApp
As aberturas podem ser vistas tanto no lado externo quanto dentro dos imóveis, por sinal na mesma faixa de terreno.
Desabamento
O teto do imóvel da aposentada Maria de Lourdes Vicentin, 82, tem várias rachaduras e ela teme um desabamento. “Sabe o que o rapaz que consertou o vazamento falou para mim? Quando eu passar aqui por baixo [das rachaduras], é para colocar um capacete”, contou, indignada.
O filho de Maria de Lourdes, Lairto Vicentin, 59, mora ao lado, em uma casa geminada. Ele percebeu que outras estruturas do terreno estão sendo danificadas.
Siga o LIBERAL no Instagram e fique por dentro do noticiário de Americana e região!
“Os portões estão empenando. Isso é consequência do vazamento também. Foi muito de repente. A primeira rachadura apareceu em 21 de maio. De lá para cá, só piorou. A gente comprou algumas madeiras para pelo menos colocar um apoio debaixo do teto para não desabar”, disse.
Já a manicure Mara Antônio, 58, e o seu marido, Cléssius Gomes de Andrade, 49, afirmaram que o vazamento começou no fim de abril e demorou mais de um mês para ser consertado.
Eles chegaram a ser orientados para fazer um protocolo no site da prefeitura, porém também procuraram um advogado para orientações.
Mara ainda destacou que a calçada de sua casa, no número 66, onde foi feita a manutenção, tem partes afundadas. “É difícil de sair com minha sogra que já é idosa, ela precisa sair de cadeira de rodas e andador. A gente tem medo”, disse.
Faça parte do Club Class, um clube de vantagens exclusivo para os assinantes. Confira nossos parceiros!
O DAE rebateu o casal e alegou que recebeu a reclamação sobre o vazamento de água em 21 de maio, efetivando a troca do ramal em 31 de maio. Quanto ao ressarcimento, se comprovado por laudo do engenheiro e da Defesa Civil, deve ser pleiteado pelos proprietários na Justiça.