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Celebridades

Memória reativa

Nicolas Prattes retorna às novelas em “Fuzuê”, após um período dedicado ao streaming

Por CAROLINE BORGES - TV PRESS

24 de novembro de 2023, às 09h55 • Última atualização em 24 de novembro de 2023, às 09h56

Nicolas Prattes tem construído uma relação intensa com a tevê desde sua estreia diante das câmeras. O ator, que tem empilhado projetos e protagonistas, emendou uma sequência de séries para a televisão e o streaming. Agora, no elenco de “Fuzuê”, ele retoma o contato com as tradicionais novelas, reexperimentando uma repercussão quase única e exclusiva da tevê aberta.

“Minha última novela foi ‘Éramos Seis’, mas não dependia muito dessa troca do par romântico. Após uma pandemia e outros trabalho, eu tinha esquecido como as pessoas torcem por um casal e toda uma repercussão, né? Não tem jeito. Novela é sempre mais comentada, sempre atinge mais gente. Está sendo legal relembrar essas questões e oxigenar meu cérebro nesse lugar”, vibra.

Na história das sete, Nicolas interpreta Miguel, um advogado que vivia em Lisboa. Educado, charmoso e gentil, ele tem necessidade de se sentir no controle das situações e não lida bem com imprevistos, o que se torna uma constante ao conhecer Luna, papel de Giovana Cordeiro. Os dois acabam engatando um romance de muitas idas e vindas. “São muitos encontros, desencontros e reencontros. Mas o Miguel vai atrás da Luna até o fim da história”, torce.

A trama de “Fuzuê” chegou logo após o fim das gravações da dramática “Todas as Flores”, da Globoplay. Você estava em busca de um projeto mais leve após a novela de João Emanuel Carneiro?

Sim, tudo o que eu queria era gargalhar. Em “Fuzuê”, a gente grava umas 20 cenas que tem risada o tempo todo. Essa novela também proporciona sequências em que posso chorar e rir em poucos segundos. Um carrossel de emoções. Vou por caminhos surpreendentes em “Fuzuê”. Eu até tive a oportunidade de entrar em um outro projeto denso. Mas, pelo amor de Deus, eu precisava rir. Queria leveza. Vir para “Fuzuê” foi a melhor decisão da minha vida.

Após uma sequência intensa de trabalhos e com outras opções na mesa, o que mais chamou a sua atenção ao optar pelo Miguel, de “Fuzuê”?

O Miguel era um mocinho que eu não via na televisão há muito tempo. Acho que o último foi o Murilo Benício em “Pé na Jaca”. Inclusive, vi alguns comentários que o personagem lembrava o do Murilo em “Pé na Jaca” e o Fagundes em “Rainha da Sucata”. Fiquei muito feliz porque foi onde eu me inspirei para fazer o Miguel. Esse tipo de personagem, geralmente, chegava para atores de muita expressão. Quem tem bagagem para fazer coisas diferentes. Me encantei por “Fuzuê” rapidamente e corri atrás para esse trabalho acontecer.

De que forma?

Não me convidaram para “Fuzuê”. Eu me convidei basicamente (risos). Fui atrás dessa novela. Por isso, sabia que teria de dar meu melhor. É um projeto muito bom. Quando eu leio uma novela, eu penso: se eu estivesse em casa, eu iria querer fazer esse projeto? Eu ficaria arrasado se não estivesse em “Fuzuê”. É um mocinho que consegue sair do lugar-comum.

Antes de “Fuzuê”, você gravou “Todas as Flores”, a série infantojuvenil “Vicky e a Musa” e a internacional “Rio Connection”, que ainda não foi disponibilizada no Globoplay. Como tem sido engatar tantos trabalhos diferentes em sequência?

É muita coisa na cabeça (risos). Mas isso é bom. O sonho de qualquer artista é conseguir achar novas coisas dentro de você. Coisas que, inclusive, a gente mesmo não conhece. A partir de cada trabalho, é um desafio encontrar aquele personagem dentro de você. Espero que, no final da minha carreira, eu seja um somatório de todos esses projetos que fiz. Sei que vivo um momento bem bacana de fazer coisas diferentes. É uma busca minha, né? Vou atrás de coisas diferentes. Sempre penso: o que eu já fiz? O que eu não quero fazer? O que eu ainda quero fazer que não fiz? É uma mistura de coisas.

Após pouco mais de um mês no ar, qual o balaço que você faz da repercussão de “Fuzuê”?

A gente sempre faz com a melhor das intenções. Mas o público é uma caixinha de surpresas. Tivemos uma reação muito boa e estamos felizes. Acho que todo mundo está muito empolgado em dar o seu melhor. Todo mundo resgatando aquele orgulho de fazer uma novela mesmo. A gente faz uma novela com N maiúsculo. Sabemos que a nossa teledramaturgia é a melhor do mundo. Ninguém consegue fazer o que fazemos e temos de ter orgulho disso.

Depois de ser disponibilizada no streaming, a trama de “Todas as Flores” chegou à tevê aberta. Como tem sido acompanhar esse trabalho em exibição novamente?

Acho que “Todas as Flores” foi um marco para todo mundo. O público do streaming vem reformulando a maneira de ver novela, né? Eu, por exemplo, gosto de ouvir a novela enquanto lavo louça. Mas, quando você coloca um capítulo no streaming, você disponibilizou sua atenção para aquilo naquele momento. Em “Todas as Flores”, a gente fez cinema com produtividade de novela.

Como assim?

Foram 85 capítulos. Não dá para chamar de série, né? Alguns chamam de formato híbrido. Foi algo diferente, que não estamos acostumados. A gente, inclusive, tinha medo de como o público iria receber isso. Um formato novo. Acabou que o público se apaixonou rapidamente. Surpreendeu todo mundo o sucesso tão estrondoso.

Como tem sido acompanhar dois personagens tão distintos ao mesmo tempo?

O máximo. Ver dois personagens diferentes no ar vai ser algo que vai acontecer cada vez mais no mercado. Os produtos do streaming vindo para a tevê aberta. Acho que ainda é um movimento novo, mas que em breve será normal. Às vezes, só é difícil se desconectar. Cheguei em “Fuzuê” logo após “Todas as Flores”. A novela do Globoplay é mais ousada. Então, quando fui gravar minha primeira cena mais íntima na trama das sete, me lembraram que, em novela das sete, quadril não mexe (risos). Tem de esquecer que tem quadril nas cenas quentes. Tinha outra memória na cabeça.

“Fuzuê” – Globo – De segunda a sábado, às 19h30.

Em outras línguas

Com uma sequência intensa de projetos, Nicolas ainda aguarda a estreia de alguns. Uma parceria entre Globo, Floresta e Sony, “Rio Connection” será disponibilizada em breve para os assinantes Globoplay. Criada, escrita e dirigida por Mauro Lima, a produção foi totalmente gravada em língua inglesa.

“Foi bem difícil. Eu falo inglês, mas tínhamos uma série de particularidades. Meu personagem é um italiano que mora em Nova Iorque na década de 1970. Então, eu pensava em português, falava em inglês e ainda tinha de reproduzir um sotaque”, explica.

Com cenas gravadas no Rio de Janeiro, São Paulo e Montevideo, “Rio Connection” vai apresentar a história de criminosos europeus que estabeleceram no Brasil um ponto estratégico do tráfico de heroína para os Estados Unidos. “A mão-de-obra foi toda brasileira, mas os atores eram estrangeiros. É muito diferente a forma de eles trabalharem. Foi um aprendizado. Uma faculdade de oito capítulos. Ainda precisei me dublar para português também. Muito interessante o resultado”, ressalta.

Fase de crescimento

Aos 26 anos, Nicolas pode dizer que já começa a sentir as ações do tempo. O ator, que pode ser visto em “Vick e a Musa”, original Globoplay, se surpreendeu ao ser escalado para o elenco adulto da série infantojuvenil. “Quando estávamos na preparação, foram dividir a sala entre elenco jovem e adulto. Eu fui para o lado jovem, mas me mandaram ir para a parte adulta (risos)”, relembra.

Na história, ele vive Davi, personagem que integra o trio “Nossa Banda” e irmão mais velho de Nico, papel de João Guilherme. A produção, que ganhará uma segunda temporada no Globoplay em breve, também terá uma versão especial para o canal Gloob. “Algumas coisas vão mudar. Algumas cenas românticas serão mais leves. Tem umas versões mais tranquilas de beijos. O elenco adulto tinha esse cuidado de gravar algumas cenas com duas versões”, explica.

Instantâneas

Durante o processo de caracterização, Nicolas deu a ideia de o personagem Miguel usar óculos em cena. “Acho que dá uma diferenciada. Queria muito fazer de óculos e a direção e a caracterização toparam”, conta.

Nicolas chegou a cursar faculdade de Administração de Empresas, mas decidiu trancar para se dedicar a sua carreira de ator.

Ele é filho da atriz Giselle Prattes, que foi uma das garotas do Zodíaco do “Planeta Xuxa”.

O ator participou da primeira temporada de “The Masked Singer Brasil”, em que ficou em segundo lugar.

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