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Memória afetiva

Juliano Cazarré foi atrás de papel em ‘Pantanal’

Assim que soube das primeiras informações sobre o “remake”, o ator de 41 anos ligou para os coordenadores de elenco da obra e se ofereceu para participar do folhetim

Por Caroline Borges - Tv Press

17 de março de 2022, às 07h07

Assim como boa parte do elenco, Juliano viajou para o Pantanal para uma série de gravações para a novela das nove - Foto: Divulgação

Juliano Cazarré rapidamente se movimentou para estar no elenco de “Pantanal”, próxima novela das nove da Globo. Assim que soube das primeiras informações sobre o “remake”, o ator de 41 anos ligou para os coordenadores de elenco da obra e se ofereceu para participar do folhetim do horário nobre, que estreia no próximo dia 28. “Era minha chance de estar em um projeto que teve assinatura do Benedito Ruy Barbosa. Disse que eu faria qualquer papel que tivessem”, relembra.

Porém, ao longo da ligação, Juliano teve uma surpresa. Ele não imaginava que o nome dele já estava reservado para viver o bronco Alcides na nova versão assinada por Bruno Luperi, neto de Benedito Ruy Barbosa. “Eu vi a novela 30 anos atrás, eu era novo. Mas foi uma novela tão boa que eu lembro dos meus pais assistindo e da gente assistir um pouco também”, afirma.

No “remake”, Alcides é capataz Tenório, papel de Murilo Benício. Por baixo da sua casca grossa e maltratada pela vida, ele guarda um bom coração. Por isso, luta contra seus instintos para tentar ser um homem decente. Misterioso, não bate na fazenda de Tenório por acaso, também não vai até o Pantanal em busca de emprego: quer justiça. O que não pode imaginar é que a esposa do patrão, Maria, de Isabel Teixeira, vá projetar nele todo o seu desejo sexual reprimido. “Nem o próprio Alcides se conhece muito bem, porque é um cara que tem uma obsessão na vida que só vai ser descoberta mais para a frente: uma vingança que ele quer concretizar”, escapa. Os planos do personagem, no entanto, são alterados quando ele se depara com Guta, vivida por Julia Dalavia. Alcides entrega o seu coração para a filha dos patrões de imediato e, por isso, fica tão valente sempre que alguém se engraça com ela.

Acontece que Guta o acha um pobre coitado, um tipo tosco, bronco e machista. Ela só tem olhos para Jove, interpretado por Jesuíta Barbosa, o filho progressista e estudado de José Leôncio, de Marcos Palmeira. “Ele deixa a vida pessoal dele em segundo plano, mas, ao longo da trama, vai descobrindo outras paixões e vai se permitindo viver. Ele vai se descobrindo, descobrindo quem ele é mesmo ao longo da trama e a gente vai descobrir junto com ele”, aponta.

Assim como boa parte do elenco, Juliano viajou para o Pantanal para uma série de gravações para a novela das nove. Ao longo do segundo semestre do ano passado, ele esteve três vezes na região. Nos momentos de folga das gravações, o ator conseguiu com um espaço para explorar o local e suas belas locações.

“Andei bastante pela região. Tirei muitas fotos de bichos, de natureza, que é um hobby meu. Ponto alto eu colocaria o trabalho, estar em cena com a Bel Teixeira, que faz a Maria Bruaca. Com os colegas mais novos, a Julia Dalavia, fizemos muitas cenas também. Toda a turma dos peões, o José Loreto, o Guito, o Leandro Lima, o Marquinhos Palmeira… A gente fez uma amizade muito boa”, valoriza Juliano, que ressalta o bom clima entre equipe e elenco. “Estava ao lado de gente que admiro muito. A amizade que a gente criou lá foi incrível. Fiquei feliz de viver aquela natureza maravilhosa”, completa.

Toda essa vivência na região do Pantanal, inclusive, foi fundamental para o trabalho de construção de personagem de Juliano. “Quem é esse povo que vive em um ambiente que, apesar de ser muito bonito, é muito duro, muito bruto, tem uma época que é muito seca, tem época que chove muito, faz muito calor, tem muito mosquito, a lida com cavalo, com boi, tudo isso vai construindo um pouco a carne do Alcides”, explica.

Durante a fase de pré-produção, Juliano foi em busca de entender e decidir como seria a prosódia do personagem. Ele optou por não reproduzir fielmente o sotaque da região. “Quero fazer um sotaque de interior, imaginado, baseado em coisas que escuto, em expressões regionais, os sotaques, a prosódia do povo, que eu gosto muito de escutar. E tem coisas que o próprio personagem vai dando, a maneira como as falas estão escritas, o figurino, o tipo de bota que ele usa. Tudo isso vai dando um jeito de ser, de caminhar”, defende.

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