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Celebridades

Através do tempo

Na quarta temporada de “Sob Pressão”, Bruno Garcia valoriza longevidade da série médica na tevê

Por Caroline Borges / TV Press

22 de setembro de 2021, às 08h40

O tempo foi um aliado e tanto de Bruno Garcia ao longo do trabalho em “Sob Pressão”. Assim como o personagem Décio durante as temporadas, o ator de 50 anos foi amadurecendo e crescendo conforme os dilemas da vida foram se impondo. Essa experiência através dos anos foi importante para compreender as mudanças e revelações do personagem na história médica. “Temos a oportunidade de viver muitas fases da vida de um personagem. Nós amadurecemos e envelhecemos com ele”, afirma.

Na quarta temporada da produção médica, Décio assume maiores responsabilidades no enredo ficcional – Foto: Divulgação

Na quarta temporada da produção médica, Décio vira diretor geral do grandioso Hospital Edith de Magalhães. À frente da equipe, o médico mostra seu amadurecimento profissional, que veio junto com suas escolhas pessoais feitas ao longo de sua trajetória na série. Ao longo dos episódios, a vida pessoal de Décio também vai ganhando mais espaço diante de todos os dilemas profissionais. “Agora eles são responsáveis por um hospital de grande porte. As dificuldades de trabalhar em um sistema cheio de falhas continuam as mesmas, mas a escala aumentou significativamente”, pontua.

Além de um especial sobre a pandemia, a trama de “Sob Pressão” já acumula quatro temporadas na tevê. Como tem sido participar de um projeto tão longevo?

A experiência de fazer uma série tão longeva quanto “Sob Pressão” é única, uma vez que temos a oportunidade de viver muitas fases da vida de um personagem. Nós amadurecemos e envelhecemos com ele. Hoje em dia esse tipo de movimento está se tornando mais comum por conta do avanço das séries ao longo dos anos. É incrível ter em mãos um personagem que vai se transformando com o passar do tempo. O Décio, inclusive, tem uma trajetória maravilhosa de ascensão. Esse período também abriu um canal de conversa interessante entre os intérpretes, a direção e os roteiristas.

De que forma isso aconteceu?

A gente tem muito mais liberdade e intimidade para trocar ideias sobre os rumos dos personagens. A gente conversa demais sobre os caminhos da série. Fico até arrepiado ao falar sobre isso. É uma oportunidade de ouro para quem trabalha com teledramaturgia. Somos contadores de história também. Por isso, é muito bom construir em conjunto essa maravilha que é “Sob Pressão”.

Antes da quarta temporada, você esteve envolvido com a gravação do especial “Sob Pressão – Plantão Covid”. Como foi retratar essa realidade tão aguda na ficção?

A gente passou pelo “Plantão Covid” de uma forma muito intensa. Foi muito impactante estar em uma pandemia e retratá-la na ficção. Por isso, acho que essa quarta temporada tem uma carga de esperança. A gente cria um ambiente de esperança. A equipe de roteiristas foi muito hábil em adaptar uma temporada, que já estava pronta, à época da pós-pandemia. É um universo desejado por todos. Era o que a gente sentia ao gravar em um momento ainda tão agudo da pandemia. Esse é o grande barato da ficção. Por mais que seja ligado a uma temática real, a gente ainda cria situações que são desejáveis.

A quinta temporada de “Sob Pressão” já foi confirmada e, inclusive, já está em fase de gravação. Na sua opinião, qual o sucesso por trás da série médica entre o público?

Quando eu vi o filme “Sob Pressão”, que eu não fiz parte do elenco, eu já percebi que havia uma linguagem muito intrigante. É o realismo. A gente nunca retratou esse universo de forma fantasiosa. É tudo retratado de forma fidedigna. Quando o público vê os episódios, ele consegue se identificar e saber que existe. Acho que isso fortaleceu o elo com o público. É entretenimento de uma forma realista. Faz uma conversa com a realidade através da série.

Como assim?

A gente fala muito de como a saúde pública tem seus problemas, mas não é de uma forma panfletaria. Durante a pandemia, ficou evidente como o SUS é muito importante. Há defeitos enormes dentro dele e deve ser aperfeiçoado. O SUS pode dar uma resposta melhor a partir de uma valorização desse sistema. Não podemos ficar simplesmente falando que a saúde pública não presta. Temos um sistema poderoso.

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